Dois fatos importantes precisam ser avaliados pelas políticas públicas brasileiras: a primeira é o fato de que o carro elétrico é a tendência mundial e que logo o Brasil será o único país a continuar com o motor à explosão; a segunda é que a energia solar, produzida por painéis fotovoltaicos, que transformam a luz em energia elétrica, é uma tendência mundial e tem um grande potencial no Brasil. A verdade é que todo o investimento no programa do álcool foi um atraso na tecnologia brasileira para a produção de energia solar e eólica, que são abundantes no país.

A questão é começar pelos pequenos comerciantes e famílias para tirar logo o país da inércia econômica em que se encontra.

Proalcool faliu e ficou ultrapassada

Um grande aspecto negativo importante quanto ao programa do álcool é que ele é altamente poluente, com uma produção de vinhaça na proporção de 10 a 13 litros para cada litro de álcool (segundo a EMBRAPA no site da agencia cnptia), muitas vezes contaminando o solo, quando medidas protetivas não são totalmente seguidas, tais como prevenção à infiltração no lençol freático e alteração da acidez do solo. Isso sem falar que boa parte da distribuição do álcool é realizada sob a supervisão da Petrobras, gastando diesel e outros combustíveis fósseis.

Não bastasse a poluição, sempre há no noticiário as notícias de aumento do preço do etanol seja por questão da entressafra, cujos estoques reguladores aumentam a inflação geralmente no período do verão brasileiro, como notícias de poluição devido às queimadas que ainda sujam muito o ambiente e provocam uma degradação ambiental.

Incentivo às famílias pode ajudar economia brasileira

Falta uma política nacional de incentivo à geração de energia solar nos níveis micro (casas e parques urbanos) e médio (telhados de indústrias, escolas e de supermercados), com ajuda de uma linha de financiamento subsidiada, que poderia ser o próprio FAT, com a cobrança do investimento realizada na própria conta de luz.

Conforme noticiado pela agência de notícias G1 em 31/03/2016, o incentivo é amplo em Palmas, capital do Tocantins, com redução de IPTU (imposto predial e territorial urbano), ITBI (imposto sobre transmissão de bens imóveis) e ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza). Palmasimpõe limites às reduções, mas aposta no aumento de consumo e da economia local ao reduzir os gastos pessoais com energia. De fato, o custo energético reduzido de refrigeradores em bares, restaurantes e supermercados seria suficiente para uma grande redução nos preços, incentivando o consumo de forma direta e aumentando a capacidade aquisitiva da população local e, inclusive, atraindo novos investidores à cidade. Falta a coragem de outras cidades seguirem o exemplo do Tocantins.