A adolescente de 16 anos que foi violentada por 30 homens no Rio de Janeiro falou sobre o crime e sobre o vídeo do estupro coletivoem uma entrevista exclusiva ao Fantástico, da Rede Globo. Em uma conversa com a equipe de reportagem, a jovem contou os momentos de terror vividos durante a noite do abuso sexual e também falou sobre a gravação e compartilhamento das imagens do estupro coletivo dos 30 homens nas redes sociais.

De acordo com a jovem, ela foi atraída para o local e, quando acordou, havia aproximadamente 30 homens sobre ela. A adolescente afirmou que só tomou real consciência do caso quando o vídeo do estupro coletivo chegou até as mãos da avó.

Ela costumava frequentar os bailes funks da comunidade onde ocorreu o crime desde os 13 anos de idade.

Vídeo de 30 homens abusando da jovem

Sobre o vídeo de 30 homens abusando da jovem, ela afirmou que ficou chocada com a gravação das imagens. “Dói na alma” afirmou a adolescente abusada sexualmente.

Na tarde deste domingo (29), a Delegacia da Criança e do Adolescente assumiu as investigações sobre o caso do abuso sexual. Dessa forma, as investigações sobre a divulgação das imagens do estupro coletivo serão tocadas pela Delegacia de Repressão aos Crimes na Internet, como desejavam as advogadas da vítima.

O caso gerou grande polêmica recentemente, pois os defensores da jovem afirmavam que a Polícia Civil não estava dando a prioridade necessária ao caso e tratando o crime com pouco interesse.

Namorado diz que vídeo de estupro coletivo foi armação

O rapaz apontado como suposto namorado da vítima afirmou que a jovem armou a situação para se livrar de uma possível punição dos pais, que são bastante religiosos. Ele afirma que a relação da jovem com os supostos agressores foi consentida e que não houve crime de abuso.

Enquanto isso, o vídeo dos 30 homens cometendo o estupro coletivocontinua a ser amplamente divulgado nas redes sociais e na deep web, a chamada internet oculta. A simples divulgação do vídeo do abuso coletivo é crime previsto em lei, com punição de até oito anos de prisão aos responsáveis pelo compartilhamento das imagens.