O vídeo brutal do estupro coletivocontra uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro, continua sendo amplamente compartilhado nas redes sociais. As imagens chocantes, onde a garota aparece sendo abusada sexualmente por 33 homens chocou o Brasil e o mundo e abriu uma discussão sobre a cultura do estupro no país. Até então, o caso mais grave sobre Violência contra a mulher que se tinha notícia era o de uma jovem estudante que acabou violentada e morta por 15 rapazes em um ônibus na Índia.

Autores do vídeo do estupro coletivo impunes

Porém, nesse caso, o que mais choca não é o crime em si, mas também o amplo compartilhamento do vídeo do estupro coletivo.

As imagens correm pelas redes sociais e multiplicam-se a cada minuto. Na sexta-feira (27), um rapaz de 22 anos se entregou à Polícia Civil, afirmando ser o autor das imagens do abuso sexual contra a adolescente. Ele afirmou que apenas fez a gravação e não participou do crime. Ele chegou acenando para os jornalistas e negando que tivesse ocorrido qualquer abuso. O suspeito garante que o ato foi consentido pela vítima, segundo o seu advogado.

No mesmo dia, o ex-namorado da vítima, um rapaz de 18 anos, também suspeito de participar do vídeo do estupro coletivo, afirmou que o crime não passa de uma armação e que a adolescente criou a história depois de se assustar com a repercussão das imagens e para justificar o compartilhamento das imagens para os seus pais, que seriam evangélicos.

Nenhum dos dois suspeitos foi preso.

Compartilhar vídeo do abuso coletivo é crime

O vídeo e as imagens do estupro coletivo contra a adolescente no Rio de Janeiro já é um dos mais vistos do ano. Junto com a gravação do abuso, somam-se os comentários pejorativos, afirmando que a culpada pelo crime teria sido a própria vítima, que frequentava bailes funks em uma comunidade do Rio de Janeiro e afirmou ser usuária de drogas.

Segundo advogados especialistas em crimes virtuais, quem compartilhar o vídeo do estupro coletivotambém pode ser indiciado por divulgar imagens de abuso contra crianças e adolescentes, com pena prevista de 4 a 8 anos de prisão. Para o que suspeito seja responsabilizado, basta que a pessoa que recebeu as imagens apresente denúncia.