Silas Malafaia é alvo da Polícia Federal na operação Timóteo, mas o pastor da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo alega que não é bandido. Na tarde desta última sexta-feira (16), por volta das 16 horas, ele esteve na sede da superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. O pastor foi levado coercitivamente para depor a respeito de irregularidades em cobranças de royalties na exploração mineral.

Malafaia parou na porta da superintendência para conversar com os jornalistas, onde tentou se justificar. Disse ser inocente e que estava ali de forma espontânea, não tendo sido conduzido coercitivamente.

Diante das muitas perguntas feitas pelos jornalistas que já o aguardavam no local, Silas Malafaia disse por diversas vezes ser inocente e chegou a confirmar que recebeu o cheque no valor de R$ 100 mil, mas explicou que esse valor lhe foi passado por um amigo, também pastor, e que o dinheiro foi para sua conta pessoal, sendo uma generosa oferta dada por um cristão no ano de 2011. Só que agora ele ficou sabendo que essa pessoa está envolvida em um esquema criminoso. O pastor disse que na época não sabia de nada, mas que fez tudo dentro da lei e inclusive o valor teria sido declarado no Imposto de Renda.

De acordo com as explicações dadas por Malafaia na porta da superintendência, em 2013 ele teria recebido o pastor Michael Abud, de quem é amigo há mais de 2 décadas.

Esse pastor lhe entregou uma oferta de R$ 100 mil e disse que era de um empresário de sua igreja. Os jornalistas quiseram saber, então, por que o valor foi depositado em sua conta pessoal e não na conta da igreja.

Silas Malafaia explicou que é muito comum ele receber ofertas, após fazer orações para quem precisa. Nesse caso dos 100 mil, ele orou para um empresário, em 2011, na igreja de Abud, e em 2013 o pastor foi ao seu escritório lhe entregar a oferta de R$ 100 mil, doada pelo empresário que recebeu a oração.

Em seguida Malafaia revelou que é muito comum receber cheques de altos valores após uma oração e que já teve vez de receber até R$ 5 milhões após orar para uma pessoa.

De acordo com Malafaia, não tem como saber se as doações que recebe vêm de bandidos ou de pessoas "direitas".