O Jornal Extra, do Rio de Janeiro, divulgou cenas brutais que mostram policiais milicianos em ação. Não se trata de uma cena do filme Tropa de Elite, mas, sim, a mais pura realidade. Enquanto a maioria dos policiais militares honra a farda que veste, uma parte podre da corporação age de forma criminosa.

Nas imagens, obtidas com exclusividade pelo jornal carioca, os milicianos executam testemunhas que presenciaram os movimentos do bando para instalar uma milícia na região de Belford Roxo. As mortes ocorreram no dia 6 setembro do ano passado.

Os crimes foram flagrados por câmeras de segurança e mostram o momento em que os PMs Vinícius de Oliveira Soares (5º BPM, na Praça da Harmonia) e Irvin Tavares da Silva (39º BPM, em Belford Roxo) matam pessoas para implantar a milícia nesta área específica da Baixada Fluminense.

Ambos os acusados foram presos na última quarta-feira (8), por homens da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). De acordo com o que foi apurado pelos investigadores, a dupla teve a ajuda de outros quatro homens para executar Denis Gutemberg Pereira Lima e Brunei Evaristo da Silva.

A sequência traz uma perseguição na Estrada Dr. Farula, em Heliópolis. É possível ver que três homens saem de um veículo roubado branco. Eles estão com capuzes e empunham pistolas.

O primeiro a descer do carro é Irvin. Depois, os milicianos disparam diversas vezes contra as vítimas, que tentam escapar, sem sucesso. Um dos alvos, Denis, pegou a arma para rebater, mas não adiantou. Depois dos assassinatos, o carro dos criminosos resgata os encapuzados e todos fogem.

Quem conduz o veículo é Vinicíus.

Brunei, de camisa preta, teria sido o causador da ira dos milicianos. De acordo com a polícia, relatos apontam que ele teria prestado depoimento na delegacia especializada contra os policiais milicianos em relação a um outro assassinato.

A Polícia procura ainda os outros suspeitos apontados como coautores das execuções.

São eles Willian S. Danta, Rodrigo F. Moreno, de apelido RD, Anderson Pereira, o Nego, e Hugo Freitas Viana. Eles já são considerados foragidos da Justiça.

À frente das investigações, o delegado Evaristo Magalhães resumiu que os crimes são queimas de arquivo. Trata-se de uma organização miliciana que está abatendo não só testemunhas da prática criminosa, como, também, todos os que causam desconfianças por eventualmente se oporem ao grupo.

Os presos na quarta (8) têm nas costas mais 6 inquéritos por homicídios relacionados à guerra por território. As mortes aconteceram no ano passado.