No início da manhã desta terça-feira (04), a veracidade de um vídeo aparentemente gravado de dentro da penitenciária Barreto Campleo, em Itamaracá, município do entorno de Recife, foi confirmada pela Secretaria Executiva de Ressocialização do estado. As imagens impressionam e mostram o momento em que detentos fazem uma ‘festa’ em uma das celas do local.

Nas cenas, pelo menos cinco homens, aparecem tomando bebida alcoólica, ao que parece vinho, e cantando, enquanto uma mulher realiza uma dança sensual para os mesmos. De acordo com as filmagens fica claro que, os presos vivem uma vida de regalias dentro da casa de detenção.

Eles não parecem se preocupar com represálias, pelo contrário, se divertem no momento das gravações. A mulher que aparece no vídeo seria uma visitante de um dos presos.

Ela é vista em cima de uma cadeira, no centro de uma roda, e alguns dos homens tiram a parte de baixo de suas roupas íntimas, de modo que ela fica praticamente sem roupas. Ela dança para eles, ao som de uma música alta. As imagens foram feitas pelos próprios detentos, e segundo investigações são do ano passado. Ainda é possível ver dentro da cela, uma televisão de plasma e vários aparelhos eletrônicos, dentre eles o celular usado para gravar o vídeo divulgado. Assista às imagens chocantes da vida de ‘luxo’ levada pelos presos no vídeo a seguir:

A Secretaria que cuida do caso informou que as imagens foram analisadas e foi possível identificar todos os detentos que participavam da ‘festinha’.

Além disso, ficou claro quem era a mulher que realizava as visitas no dia. Todos os homens envolvidos com as gravações foram transferidos para outros presídios. E uma sindicância interna na gestão que gerencia a penitenciária foi aberta para apurar o que realmente aconteceu.

Para o presidente do Sindas-PE, o sindicato dos agentes penitenciários a situação é caótica.

Para ele é impossível cuidar de tantos detentos em situações extremamente complicadas com um efetivo tão pequeno. Segundo o mesmo enquanto novos agentes não forem contratados, infelizmente situações absurdas como essa continuarão acontecendo dentro das celas dos principais presídios do país.