Devido à depressão, adolescente de apenas 15 anos não sabe explicar bem o que ocorreu em sua vida. Um dia ela era feliz, no outro, já não acreditava na vida, começou a desacreditar nas pessoas, no amor, começou a sentir-se sozinha, independente da quantidade de pessoas que estavam ao seu redor e, mesmo com a criação evangélica que recebeu, não conseguia nem mesmo acreditar mais em Deus.

Sem esperanças para a vida, a jovem aceitou participar de um desafio, o intitulado Baleia Azul. Com os desafios cada vez maiores, podia sentir algum tipo de sentimento novamente, porém, após a realização de cada um deles, os resultados posteriores faziam com que ela se sentisse cada vez pior.

A menina do Rio chegou ao último desafio, o qual exige que o participante cometa Suicídio e só não obteve êxito, porque sua mãe conseguiu impedi-la de seguir em frente.

“Se você tiver sido convidado para participar, não participe!”, declara a adolescente de forma veemente. “No lugar de parar a tristeza, só vai aumentar e fazer crescer cada vez mais e mais, e não vai ser um jogo que vai fazer as coisas melhorarem, independente de qual sensação momentânea que ele traga. Muito menos a morte.”, conclui.

A jovem não está sozinha, outros casos de suicídio foram noticiados nos últimos dias e todos eles ligados aos Desafios da Baleia Azul. Os casos em Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em São Paulo, também estão sendo investigados pelas respectivas polícias locais, no entanto, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informatica (DRCI) do Rio é que está no comando de toda a investigação, por todas as redes sociais, Facebook, Twitter, instagram, SnapChat e WhatsApp.

As investigações continuam, pois já existem dois casos comprovados no Estado do Rio de Janeiro, além dos outros nos outros estados do Brasil.

Com as investigações, a polícia espera chegar aos responsáveis dos crimes digitais o mais breve possível, que poderão ser autuados por associação criminosa, tentativa de homicídio e lesão corporal, mesmo que de forma indireta, pois mesmo que não exista o contato físico, existe a manipulação psicológica e indução dos adolescentes participantes.

A mãe da adolescente alega que percebeu as mudanças no comportamento da filha, porém, não se preocupou, pois achou que era somente uma fase, no entanto, após um dos desafios da filha dar errado e ela ficar internada durante dois dias, chamou a atenção da mãe, que, no entanto, foi só ao perceber que sua filha iria realmente cometer suicídio que tomou ciência da gravidade da situação e conseguiu impedir.

Com lágrimas nos olhos, a jovem alega que não tinha tentado se matar anteriormente por medo de fazer sua mãe sofrer, porém, a dor que sentia era muito grande para aturar. E que após a tentativa falha, diz ainda pensar na morte e em suas sensações, porém, repensa e lembra de tudo que sua mãe fez por ela: “Ela largou o emprego por mim, disse que faria de tudo para que eu ficasse viva, demorou, mas eu entendi. E quando fico triste e sinto aquele aperto no peito, lembro da minha mãe, do amor dela e do meu futuro, eu sonho em ser fotografa!”, finaliza a menina.