Jurubeba: palavra que vem do tupi,jupeba (espinho chato). Essa planta é um sub-arbusto que habita os campos quentes do Brasil, ela pode chegar a três metros de altura, seu caule é piloso e suas folhas são caliciformes revestidas de penugem na parte inferior. Suas flores têm a cor lilas, esféricas e verdes e seu fruto é esverdeado e igual a uma baga redonda com muitas sementes. A jurubeba não é exigente, ela cresce normalmente e se desenvolve em terrenos arenosos, pastagens, à beira de estradas e terrenos baldios. A medicina popular credita à jurubeba (jupeba) qualidades bem variadas:

- É usada como digestivo, em casos de tumores do útero e do baço, abdômen, icterícia e erisipela, afecções do fígado, hepatite, úlceras, feridas e diabetes.

É também indicada para casos de impotência sexual. O folclore do Norte e Nordeste do Brasil diz que o homem que usa jurubeba fica bem forte como um leão.

Apesar de toda essa fama que a jurubeba tem, é bom levar em conta que o uso prolongado dela pode ser prejudicial, pois a planta contém alcaloides e esteroides de ação tóxica para o ser humano.

Veja como usar a jurubeba, de acordo com a sabedoria popular: 

  • Uso interno: hepatite, icterícias e cistites. Beber chá por efusão. Para 30 g de folhas verdes em 1/2 litro de água. Tomar durante o dia.
  • Raízes: fazer chá por decoção com 200 gramas em 1000 ml de água.
  • Digestivo: usar 10 g de raízes picadas. Ferver em 100 ml de água. Coar e misturar com suco de limão. Tomar durante o dia.
  • Uso externo: cicatrizante de feridas e ulceras. Efusão: uma colher (sopa) de folhas ou mais ou menos 5 g, com um copo de água fervente. Abafar e deixar por 10 minutos. Aplicar como cataplasma na área afetada. 
  • Folhas amassadas para mucilagem: aplicar sobre a parte afetada duas vezes ao dia.

RAIO X JURUBEBA

  • Nome cientifico: Solainu mpanculatum L.
  • Família : Solanaceae.
  • Nome popular : Jurubeba-menor, jurupeba, jupeba, jurubebinha, jaúna.
  • Habitat : originaria do Brasil, está presente sobretudo no Ceará e em Pernambuco.
  • Partes usadas : folha, raiz e fruta.

Propriedades químicas: alcalóides - tujonas, solanina, flavonoides, taninos, esterólicas nitrogenadas, glicoalcalóides (jurubina), óleos essenciais, mucilagens e ácidos orgânicos (ácidos clorogênico), saponinas, glicosídios (paniculinas A e B).

Propriedades terapêuticas: estomáquica, descongestionante, diurético, colagoga, emenagoga, cicatrizante, hepática e antidiabética.