Muitas mulheres sofrem ou já sofreram com o desconforto causado pelo corrimento vaginal. Acontece que nem todo corrimento significa doença, ou seja, nem sempre é motivo para preocupação. Toda mulher tem sua umidade natural e a própria vagina e o colo do útero produzem essa secreção. Na segunda metade do ciclo menstrual, antes da menstruação, esse corrimento natural pode ficar mais intenso dependendo do organismo da mulher. A diferença do corrimento saudável é que ele não possui odor e não irrita a pele. A sua espessura é como a da clara do ovo: ele pode ser transparente ou meio esbranquiçado. Na gravidez o líquido tende a aumentar.

Quando o corrimento apresenta variações diferentes do que o de costume, como por exemplo, espessura diferente ou cor mais forte, é sinal de que algo não está correto.

O corrimento branco tipo ''nata de leite'' costuma causar coceira intensa, vermelhidão na pele e queimação na vulva e na vagina. Esses sintomas são causados pelo fungo cândida albicans. A doença é conhecida popularmente como candidíase e a maioria das mulheres já sofreu com ela pelo menos uma vez na vida.

O corrimento amarelo ou esverdeado é geralmente uma característica da Tricomoníase. Esse tipo de corrimento causa queimação e um grande desconforto na relação sexual. Já o corrimento marrom após a menstruação ou contato íntimo é normal, pois após alguns dias após a menstruação ainda podem sair coágulos de sangue. Se o corrimento durar mais de 3 dias corridos fora do período menstrual ou gravidez, pode ser sinal de uma doença sexualmente transmissível chamada gonorreia.

Essa doença causa dor e ardor ao urinar.

O corrimento rosado pode indicar início de uma gravidez, pois pode ser causado pela fecundação e pode permanecer até mais de 3 dias após a relação sexual. Em alguns casos, o corrimento também pode ser causado por algum tipo de antibiótico, por dieta irregular ou estresse.

Existem algumas dicas para evitar essas infecções vaginais que podem causar corrimento.

Abaixo, listamos algumas dicas da ginecologista Laylla Aliontina Lemes Carneiro:

1 - Fazer a higiene correta pelo menos uma ou duas vezes por dia com água abundante e sabonete íntimo, pois ela ajuda a manter o PH da região íntima equilibrado;

2 - Usar calcinha com tecido de algodão, pois ela é capaz de favorecer a região íntima ventilada;

3 - Evitar usar protetor diário por longas horas;

4 - Não usar roupa apertada como calça jeans por mais de 10 horas, até porque a região íntima fica abafada contribuindo assim para proliferação de fungos.

Dormir sem calcinha também é uma boa opção;

5 - Não deixar a calcinha secar no banheiro, já que é um local onde há maior proliferação de bactérias;

6 - Lavar a calcinha com sabão específico, pois o sabão em pó ou até mesmo amaciante pode causar coceira na pele;

7 - Evitar ter relação sexual sem o uso de preservativo;

8 - Não ficar com biquíni molhado por muitas horas.

A maioria dos tratamentos para tal desconforto é feito com remédios antifúngicos e pomadas vaginais. Algumas pessoas também obtiveram cura com remédios caseiros, porém é importante consultar o médico especialista para maior segurança da Saúde. Seguindo essas dicas, você poderá ter ótimos resultados na sua higiene e saúde.