Considerado uma sentença de morte para a maioria dos afetados, o câncer faz milhares de vítimas todos os anos. Contudo, o recente desenvolvimento de nanomáquinas, promete uma nova era no tratamento da mazela.

De acordo com estudo divulgado na revista Nature, veiculado pela tradicional imprensa britânica, as pequenas moléculas de fiação apelidadas nanomáquinas são guiadas pela luz até atingir o alvo designado. Elas se movem tão rápido que podem atravessar o revestimento das células e matá-las em poucos minutos – confira as manchetes.

Ainda em fase inicial, a tecnologia elaborada pelo pesquisador Robert Pal, da Universidade de Durham (Inglaterra), e outros cientistas, levou entre 1 e 3 minutos para matar uma célula de câncer de próstata.

Contudo, o britânico acentua que a invenção será usada no combate aos diversos tipos da patologia. Inclusive, para eliminar os cânceres resistentes aos tratamentos convencionais.

Ele ainda salienta outro aspecto positivo. Na percepção do pesquisador, após entrar oficialmente em operação, o tratamento aumentará as chances de sobrevivência dos pacientes, além de ser menos dolorido que as práticas atuais.

Outra característica da tecnologia é que, ao contrário das terapias vigentes, que não diferem células saudáveis e doentes, as nanomáquinas movidas a luz podem ser guiadas para identificar células específicas e atacá-las somente depois de ativadas.

Ou seja, os efeitos colaterais como queda dos cabelos, enjoos, dores, fadiga etc. serão extintos.

Os pesquisadores ainda descobriram que esses diminutos robôs, menores que uma célula, precisam girar de duas a três milhões de vezes por segundo para perfurar os “alvos”. O tamanho desses objetos também impressiona. Conforme o médico James Tour, membro da equipe internacional da Rice University, em Houston (EUA), um fio de cabelo é capaz de conter 50 mil nanomáquinas.

Ele não esconde a empolgação com a descoberta da tecnologia. Para o cientista, um “novo mundo” acaba de ser revelado. "Por muitos anos, nunca imaginei que as nanomáquinas fossem usadas na Medicina, porque são muito menores que uma célula, mas agora esse trabalho realmente mudou meus pensamentos sobre isso e acho que será uma maneira totalmente nova de tratar os pacientes", declara James Tour.

Apesar da euforia, o estudo ainda está em desenvolvimento. Até o momento, não há previsão de testes em humanos.