Milhões de pessoas em todo o mundo estão lutando com a síndrome da fadiga crônica. Mas a doença é muito confusa e misteriosa e, há décadas, os pesquisadores não conseguem diagnosticá-la corretamente, muito menos encontrar um tratamento ou cura confiáveis. Mas agora os cientistas conseguiram rastrear uma espécie de biomarcadores que se correlacionam com a síndrome. E isso é essencial, porque significa que um exame de sangue para diagnóstico seja confiável para o diagnóstico da doença.

A síndrome da fadiga crônica (também chamada de encefalomielite miálgica, ME / CFS) é uma das condições médicas mais desconcertantes lá fora.

Seu principal sintoma é a fadiga persistente e inexplicável que pode durar meses ou anos e pode ser tão incapacitante que as pessoas literalmente não podem fazer muito mais, além de se deitarem na cama.

Mais de um milhão de americanos e 2,5 % da população mundial sofrem com o problema. Entretanto, a maior parte dos sintomas é difícil de estudar. Alguns pesquisadores acreditam que se trata de um problema psicológico e não uma ''doença real''. Entretanto, as pessoas com ME/CFS tendem a ter sintomas como gripes e dores corporais. O que leva os pesquisadores a se perguntarem sobre uma possível ligação com o sistema imunológico baixo.

Os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford analisaram um tipo de sangue mais abrangente para descobrir a ligação de 17 citocinas que se correlacionam com a gravidade dos sintomas de Fadiga crônica.

A equipe analisou amostras de sangue de 186 pacientes com ME/CFS e as comparou com sangue de 388 pessoas saudáveis para analisar os níveis de 51 citocinas diferentes que se espalham pelo sangue.

Destas 17 moléculas identificados pelos pesquisadores, 13 são conhecidos por promoverem a inflamação, de modo que mais pontos são marcados para a hipótese de que a fadiga crônica é uma doença inflamatória.

"Houve uma grande controvérsia e confusão em torno de ME / CFS - mesmo se é uma doença real", explicou o pesquisador Mark Dawis da Universidade de Stanford.

Essas descobertas recentes estão juntando-se ao conjunto de outros estudos recentes que encontraram marcadores biológicos para a fadiga crônica. Apenas no ano passado, pesquisadores descobriram anormalidades metabólicas em pessoas com essa síndrome.

No início do ano, um novo estudo mostrou que as pessoas com ME/CFS também têm níveis anormais de bactérias intestinais.

Toda essa pesquisa está realmente afastando os pesquisadores de acreditar que as pessoas que sofrem com essa condição, são pacientes de uma doença imaginária. Agora, a expectativa é para que os pesquisadores consigam descobrir um tratamento para doença,