Recentemente, o jornal médico britânico British Medical Journal, publicação de grande credibilidade na medicina mundial publicou um estudo que trouxe bastante preocupação aos amantes da comida japonesa.

Segundo a publicação médica, estudos comprovaram que o Sushi, prato tradicional da culinária japonesa, pode aumentar consideravelmente os casos de infecção parasitária.

O estudo foi conduzido por uma equipe de pesquisadores portugueses, e teve como ponto de partida a análise de um homem de 32 anos que começou a apresentar sintomas tidos como inespecíficos como diarreia, náuseas e vômitos e que, após ser submetido a um exame de endoscopia digestiva alta, verificou-se a presença de um parasita em seu estômago.

O parasita encontrado é do gênero Anisakis.

O que o Anisakis pode causar?

O Anisakis é um parasita (é um verme nematoide, cilíndrico, com cerca de 3 cm de comprimento, 1 mm de espessura e quase transparente, esbranquiçado. Mora em ambiente marinho, e infecta mamíferos e peixes). O verme pode levar sérios problemas que podem acometer à saúde do humano. Causa uma infecção predominantemente intestinal que se desenvolve após a ingestão de produtos crus, como peixes, moluscos e frutos do mar em geral.

Os principais sintomas da doença após a ingestão de alimentos crus: são:

- Dor no abdômen;

- Febre em alguns casos;

- Náusea;

- Vômitos;

Como prevenir?

O ideal é evitar o consumo de alimentos crus ou com cozimento ineficaz, mas falar isso para os amantes da culinária japonesa e principalmente para os apaixonados por sushi não é tarefa fácil.

Sendo assim, a recomendação é que o alimento seja ao menos congelado em temperaturas de -20 graus Celsius. Com essa temperatura, o verme não sobrevive e a pessoa pode comer tranquilamente seu peixe cru.

Como se deve imaginar, a região que apresenta mais casos da doença é a península japonesa, então, se você pretende ir morar no Japão, fique ligado.

Por lá, as autoridades ja estão de "olhos abertos" para o problema e o Ministério da Saúde japonês faz recomendações claras sobre o consumo adequado dos pescados e como evitar a contaminação do mesmo. Por aqui ainda não existem recomendações específicas para a doença, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária faz recomendações gerais sobre o consumo de alimentos, incluindo os de origem crua e provenientes do mar.

As medidas da ANVISA são suficientes para a prevenção e o controle da transmissão, e o PROCON realiza fiscalizações de restaurantes.

Ressalta-se que sempre que houver algum sintoma ou desconfiar de algum problema de saúde o profissional médico deve ser consultado e o tratamento seguido.