Graças aos temas de sadomasoquismo e seus personagens manipuladores, a adaptação do livro 50 Tons de Cinza vem causando protestos em todo o mundo. Os principais grupos que têm levantado a voz contra o filme são os de religiosos, que falam contra a violência doméstica.
Na semana passada, a hashtag #50dollarsnot50shades foi usada por campanhas contra a pornografia e violência doméstica para aumentar a consciência do público acerca desses problemas. A líder da campanha, Natalie Collins, disse que não é contra as práticas sexuais exibidas em cenas do filme, mas que condena com veemência o comportamento manipulatório e obsessivo de alguns dos personagens.
Ela argumenta que não é normal, muito menos romântico se um homem rastreia as ligações de iPhone ou se descobre onde vive uma mulher antes de ela contar. Agora, ela planeja uma nova campanha, intitulada de "50 tons é violência doméstica".
Abusado quando criança
Um ponto preocupante, comenta Natalie, é que algumas pessoas têm defendido o comportamento do personagem central, Christian Grey, ao dizer que ele foi abusado quando criança e por isso age de maneira pouco ortodoxa. Argumentam que ele precisa de compreensão. Ela disse que é um problema quando as mulheres acreditam que um homem com comportamento manipulador e violento pode ser curado se for amado o suficiente.
Algumas opiniões mais radicais estão aflorando em vista da estreia do filme.
A Associação da Família Americana rotulou as cenas de sexo do filme de terem um efeito corrosivo no que deveria significar o comportamento sexual normal. O líder da associação Tim Wildmon disse que o filme glorifica relacionamentos abusivos e tendências obsessivas, como perseguição e intimidação.
Embora as opiniões sejam fortes e ninguém fique indiferente ao tema do filme, ainda são poucas as pessoas que puderam assisti-lo na íntegra. O periódico inglês The Sun, um dos poucos veículos a ter acesso ao filme, publicou que a cena de sexo de 11 minutos promete imagens fortes de ousadia e nudez ao espectador.