Com Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros (Colin Trevorrow, EUA, 2015) a febre dos dinossauros está de volta.

O filme é o quarto da franquia, que já conta com Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993), O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997), Jurassic Park III (2001).

Quem não se lembra da bengala com âmbar pré-histórico de John Hammond, que deu vida a várias espécies de dinossauros? Pois em 1993, Steven Spielberg, baseado no romance homônimo escrito por Michael Crichton, dirigiu o primeiro filme, que mostrava a recriação de dinossauros a partir do DNA fossilizado de um Pterossauro.

Hoje, 22 anos depois do primeiro filme, mesmo que o filme seja ficção, especialistas em animais pré-históricos, especialmente os paleontólogos, estão descontentes com o resultado final, por causa de seus erros científicos.

Conforme registrado pelo canal americano CBS, cientistas lançaram dúvidas sobre algumas das coisas que vemos no filme:

- Os Pterossauros (dinossauros alados) são capazes de pegar um homem e levá-lo voando. O erro: os pés do animal não são capazes de agarrar algo.

- O Galimimo não tinha dentes e seu tamanho está incorreto.

- Tanto o Velociraptor e o Galimimo tinham penas, na verdade, e não uma pele escamosa escamas, reptiliana, como vemos no filme.

- O Mosassauro (dinossauro marinho) não era tão grande como é mostrado no filme.

- Não está provado que os Tiranossauros tinham olfato ruim e que não podiam ver suas presas até elas se moverem.

Especialistas norte-americanos, como os paleontólogos James Kirkland (61 anos), Thomas Holtz (50 anos) ou Andrew Farkë, lamentaram que o novo filme não recolheu as últimas descobertas da área e acreditam que é uma "oportunidade perdida" e um "passo para trás".

Os responsáveis pelos filmes se defendem. Jack Horner (68 anos), paleontólogo que assessorou os quatro longas da série, acredita que "é um filme, é ficção. A última coisa que precisa é ser cientificamente fundamentado. Os produtores queriam que os dinossauros fossem os mais precisos possíveis, via tecnologia digital, mas depois eles foram substituídos por movimentos de atores, e fazem coisas que não fariam os animais reais, como perseguir pessoas ou entrar em edifícios para comer uma pessoa".

"Não é um documentário", continuou Horner, que exemplificou com o clássico filme de Spielberg, Jaws (Tubarão 1975), no qual um tubarão literalmente come um barco para alcançar seus objetivos, algo que os tubarões não fazem.

Recebendo críticas ou não, o novo Jurassic World que estreou essa semana no Brasil, é sucesso de bilheteria e já arrecadou mais de 511 milhões de dólares (o filme custou US$ 150 milhões).