O ano de 2016 foi ótimo para o gênero que possui os fãs mais fiéis: o terror (ou horror - como preferir). Enquanto os cinemas reafirmaram algumas franquias de sucesso, como, por exemplo, Invocação do Mal ou exploraram velhas fórmulas, alguns realizadores foram além e nos deram obras diferentes e muito interessantes.

Apague as luzes e mergulhe nesse universo sombrio:

A Bruxa (Robert Eggers, EUA)

Filme independente, de um diretor estreante, que acabou parando no circuito e principal e fez muito barulho. Para muitos especialistas, um clássico imediato.

Conta a história de uma família fanática religiosa que vai para a floresta para viver isolada da comunidade e acaba descobrindo que a fé muitas vezes pode ser o maior dos problemas.

Invasão Zumbi (Sang-Ho Yeon, Coreia do Sul)

Outro filme que deu o que falar, mas dessa vez vindo do Oriente. Pai e filha devem sobreviver à uma infestação zumbi, enquanto viajam de trem para a vizinha cidade de Busan. O filme lhe faz rir, chorar, ficar com raiva e, é lógico, com medo.

Sob a Sombra (Babak Anvari, Reino Unido)

A ambientação absolutamente claustrofóbica e desesperadora é o ponto forte desse filme, que se passa nos anos 1980, na guerra que assombrou o mundo entre Irã e Iraque. Mais uma vez a relação de uma filha (dessa vez com a mãe) é o ponto central da trama.

Creepy (Kiyoshi Kurosawa, Japão)

O celebrado diretor japonês retorna com um filme que transforma, com muita paciência, as aparências (de um vizinho misterioso) em uma certeza terrível, que culmina em um clímax absolutamente perturbador.

The Good Neighbor (Kasra Farahani, EUA)

Mais um filme que lhe pega desprevenido e tem como tema a relação com o morador da casa ao lado.

A revelação no final é devastadora e vai lhe deixar com um misto de tristeza e revolta.

A Autópsia (André Ovredal, 2016, Reino Unido)

Este filme surgiu já no final do ano e, meio que de mansinho, agradou muita gente. Pai e filho, que tocam um necrotério no porão de casa, precisam fazer a autópsia de uma jovem misteriosa entregue na calada da noite.

Nem precisa dizer que, com esse contexto, o filme faz lembrar muito filmes do passado e proporciona muitos sustos!

O Lamento (Hong-Jin Na, Coreia do Sul)

A Coreia do Sul tem nos dado ótimos filmes de Terror e esse não foge à regra. O Lamento mistura elementos como fantasmas, bruxaria e infestação de uma maneira muito competente. Para falar a verdade, o filme lhe faz de gato e sapato - o roteiro muitas vez muda de direção e a sensação que fica é de espanto, criando uma tensão que lhe prega na cadeira até o final.

The Eyes of My Mother (Nicolas Pesce, EUA)

Mais um indie que foi uma belíssima surpresa no final de ano. Filme muito, muito triste, sombrio e violento, que conta a história de uma jovem tentando superar um trauma e principalmente conviver com a solidão.

Demônio de Neon (Nicolas Refn, EUA)

Um dos filmes de terror mais esperados do ano, este dividiu opiniões. Quem não gostou geralmente alegou a superficialidade do roteiro em contraponto com a (para mim, deslumbrante) afetação visual. Acontece que o tema é o inóspito e amedrontador (o terror do filme é esse) mundo da moda. E não é esse o retrato fiel desse mundo lindo por fora e vazio por dentro? Sendo assim, digo que diretor foi muito feliz!

Hush, A Morte Ouve (Mike Flanagan, EUA)

Flanagan tem se tornado um diretor reconhecido no meio do horror. Incrível como ele se vira bem com baixos orçamentos. Esse filme conta a história de uma mulher surda/muda que tem que lidar com a invasão de um bandido em sua casa e com a enorme desvantagem que ela impõe. Tensão total.

E aí, gostou da lista? Assistiu algum destes? Não? Vamos lá, não deixe o medo lhe escolher: vá ao seu encontro!