David (em hebraico דוד, literalmente "amado") foi e é até hoje reconhecido como o maior rei de Israel. Apesar de seu cargo elevado, teve uma vida bastante difícil. Boa parte do judaísmo julga que ele era menosprezado pelo pai por ser fruto de um adultério, por causa de um versículo que se encontra na Bíblia no Salmo 51:5 ,que diz: "E em pecado me concebeu minha mãe".

Então, como consequência disso, David passava a vida cuidando de ovelhas, longe da família, criando salmos em louvor a Deus. Logo depois, se tornou rei de Judá por ordem de Deus através do profeta Samuel.

Foi sucessor do Rei Saul e reconquistou Jerusalém das mãos dos jebuseus. Desde então, o lugar ficou conhecido como a Cidade de David.

Sua vida foi de suma importância para algumas culturas, dentre elas a judaica, a islâmica e a cristã. Para os judeus, é reconhecido como o Rei David, para os islâmicos, um profeta e rei de uma nação, e para os cristãos, um homem que antecedeu o Senhor Jesus, o Salvador.

Embora existam muitos relatos históricos de especialistas que comprovaram a existência de David, muitos críticos afirmavam que David nunca existiu, até que um dia um grupo de arqueólogos, liderado pelo israelense Avraham Biran, no ano de 1993, descobriu uma inscrição contendo a expressão “Casa de Davi” encontrada numa chapa de pedra de basalto negro que ficou conhecida como Estela de Tel Dan.

No ano seguinte, dois pedaços menores da mesma pedra foram encontrados. Continham 13 linhas escritas em aramaico e uma boa parte estava preservada. Arqueólogos dizem que nas linhas 7 e 8 estavam mencionados os nomes de dois reis de Israel e Judá, Jeorão e Asa, e que isso fazia referência aos reis da casa de David.

Mas os críticos não se conformaram.

Segundo Israel Finkelstein, professor de arqueologia na Universidade de Tel Aviv, “existem evidências razoavelmente seguras de que o Reino de Judá foi fundado por um certo David, mas ele não passava de um líder tribal. Seu filho Salomão não deve ter sido muito mais do que isso também. Não há nenhuma evidência arqueológica do magnífico templo, nem do palácio que David havia construído em Jerusalém”.

Alguns arqueólogos que discordavam de Israel Finkelstein tinham um problema nas mãos. Afinal, onde estaria localizado em Jerusalém o palácio que indicasse ser a capital do território de David?

Depois de anos de escavação, Eilat Mazar, uma famosa arqueóloga israelense, encontrou uma estrutura que poderia ser o antigo palácio de David. Apesar de difícil ser a crença de que naquele sítio arqueológico estivesse o antigo palácio, pois atualmente só existem pedras, deve-se buscar compreender que os antigos palácios não eram enormes como consta nos filmes e saber também que nenhuma casa em Israel naqueles tempos tinha a mesma estrutura do local onde David morou.

O palácio de David foi datado do século 10 a.C.

e nele também foram encontradas colunas típicas dos dias do Rei Salomão, seu filho, o que se dá a entender que era realmente a moradia do Rei de Israel, pois teria, além do glamour, um tamanho maior do que as demais casas normais daquela região.

Essa descoberta foi importante para os estudos da arqueologia bíblica. Sua tamanha veracidade foi tão chocante que até os críticos, apesar de não concordarem com as histórias da Bíblia, ficaram surpresos. Gabriel Barkay, importante arqueólogo, declarou: “Esse é um dos primeiros indícios que temos da Jerusalém de David e Salomão, um período que pareceu brincar de esconde-esconde com os arqueólogos no último século”.