Praticar exercícios físicos é, segundo os médicos, uma das principais formas de garantir saúde e longevidade. Antigamente, porém, talvez fosse mais fácil garantir uma vida longa e plena ficando longe de quaisquer práticas esportivas.

Isso porque a maioria dos esportes da Antiguidade oferecia considerável risco de morte, e eram tão absurdos, que por sorte, não duraram muito.

Conheça agora 6 esportes da Antiguidade que - por sorte - não existem mais:

Briga de remos (Egito Antigo)

Praticado por pescadores no Antigo Egito, este esporte consistia basicamente em duas equipes de barqueiros, armados com remos - ou muitas vezes apenas com suas mãos e pés - tentando derrubar os adversários nas águas do Rio Nilo.

Para alguns historiadores, este esporte era dedicado a resolver disputas territoriais.

O problema desta competição nada saudável é que ela costumava resultar na morte de grande número de competidores, uma vez que o Rio Nilo abrigava uma grande quantidade de hipopótamos e crocodilos, prontos para atacar e matar aqueles que caíam dos barcos. Além disso, grande parte dos egípcios antigos não sabia nadar.

Naumaquia (Roma Antiga)

Você já jogou batalha naval? A naumaquia, esporte praticado pelos romanos antigos, é exatamente a mesma coisa.

Só que com navios de verdade. E o pior: repletos de pessoas.

A naumaquia ocorria em piscinas artificiais projetadas unicamente para esta prática, que costumava reunir uma platéia imensa de curiosos. Normalmente, dois navios, repletos de criminosos e escravos, eram colocados um contra o outro, até a aniquilação total de um deles.

Um dos relatos mais antigos de naumaquia de que se tem notícia, revela que Júlio César utilizou esta forma de ''entretenimento'' por volta de 46 a.C para celebrar suas conquistas militares.

Pancrácio (Grécia e Roma Antigas)

Se você acha que as lutas de MMA são muito violentas, é porque nunca assistiu uma partida de pancrácio.

As únicas regras para esta modalidade ''esportiva'' grega/romana eram: nada de mordidas ou de arrancar os olhos do adversário. Todo o resto estava permitido.

Este esporte misturava luta grega com boxe e costumava terminar apenas quando um dos competidores estava próximo da morte. Esta forma de embate fez parte dos Jogos Olímpicos entre 648 a.C E 383 d.C.

Corrida de bigas (Grécia e Roma Antigas)

Se hoje em dia os fanáticos por velocidade vibram com as corridas de Fórmula 1, os gregos e romanos antigos vibravam com as corridas de bigas.

Este era um esporte tão popular que chegou a fazer parte dos primeiros Jogos Olímpicos. Tecnicamente, não era permitido derrubar os adversários de suas respectivas bigas, mas isso não quer dizer que isto não acontecia com certa frequência.

O trajeto através do hipódromo também era perigoso, não só para os ''pilotos'', mas também para os cavalos que puxavam cada um dos carros; uma curva mais acentuada era o suficiente para derrubar um competidor e, muitas vezes, levá-lo à morte.

Luta de gladiadores (Roma Antiga)

Um dos esportes mais famosos da Roma Antiga, a luta entre gladiadores era uma das formas de entretenimento preferidos da época.

Nesta sangrenta competição, escravos e prisioneiros, brigavam pela liberdade - ou apenas brigavam para não morrer - na frente de uma arena lotada.

Os competidores se enfrentavam até que um deles morresse, ficasse desarmado ou não fosse mais capaz de continuar combatendo. Nesta hora, o público podia votar a respeito do destino do derrotado: se a esmagadora maioria do público fizesse um sinal apontando a mão fechada com o polegar para baixo, o perdedor era executado; se apontasse com o polegar na direção oposta, o combatente era poupado.

Pelota purépecha (México)

Talvez comparado com tudo o que você leu até aqui, o pelota purépecha possa parecer brincadeira de crianças.

O Pelota purépecha surgiu no México pré-hispânico; era praticado pelos indígenas de Purépecha - hoje o estado mexicano de Michoacán.

Semelhante ao hóquei, este esporte contava com um detalhe ''quente'': a bola, feita de tecido e barbante, era mergulhada em resina de pinheiro e incendiada. Os jogadores golpeavam a bola com ''tacos'' de madeira, conduzindo-a em direção ao gol adversário.

É claro que a combinação de fogo e bastões de madeira causou diversos acidentes aos indígenas de Purépecha, e talvez por essa razão, o esporte tenha caído no esquecimento.