Após confiscar o ovo Fabergé, de propriedade do grande empreendedor Eike Batista e que estaria avaliado em R$ 2 milhões, a Polícia Federal descobriu que o objeto é falso. O objeto é meramente decorativo, pois de acordo com publicações em sites de pesquisa de preço, uma réplica pode ser comprada por cerca de R$ 60,00. O objeto foi apreendido em conjunto com outros bens do empresário, conforme decisão judicial da terceira vara federal criminal, responsável pela acusação penal em que o empresário responde pela acusação de crimes contra o mercado de capitais.

Além desse objeto, que seria uma joia rara, foram apreendidos pela polícia, no dia 6 deste mês em sua casa, seis veículos, R$ 90 mil em moeda nacional e cerca de R$ 37 em moeda estrangeira, 16 relógios, dois motores de lancha, um piano, um computador, uma escultura e até o celular do empresário.

Posteriormente, no dia 11, foram confiscados o iate e jet ski de Eike. A decisão do juiz federal Flávio Roberto de Souza é de bloquear o total de R$ 3 bilhões de bens do empresário, da atual mulher, ex-mulher e de seus dois filhos, Thor e Olin.

Na residência da ex-mulher, a modelo e atriz Luma de Oliveira, foram apreendidos no dia 12 três veículos: duas Toyota Hilux e uma BMW. A Justiça avaliará todos os bens confiscados da família e, se o total ultrapassar o valor decretado para bloqueio, alguns deles serão devolvidos.

A história do "ovo"

Os ovos Fabergé foram criados no período de 1885 a 1917 pelo joalheiro russo Peter Carl Fabergé e seus assessores para os czares da Rússia. Essa obra prima é formada por pedras preciosas, esmalte e metais para ser usado na época da Páscoa, de forma que fosse possível colocar uma surpresa dentro dele (similar ao kinder ovo) e ofertar aos membros da família imperial.

Era objeto de encantamento de Alexandre II, que presenteava anualmente sua esposa, assim como de seu herdeiro Nicolau II, que adotou a tradição.

Segundo algumas fontes, dos 50 ovos imperiais criados, apenas 42 ainda existem. Alguns estão expostos no Palácio do Arsenal do Kremlim, na Rússia. Objeto de desejo, esses ovos são extremamente disputados por colecionadores e o ex-imperador do petróleo, Eike Batista, era detentor de um, mas agora veio à tona que se trata de uma falsificação.