Neste domingo, 18, Real Madrid e Kashima Antlers decidem em Yokohama o título do Mundial de Clubes da FIFA. Mas exatamente 11 anos atrás, neste mesmo Estádio Nacional de Yokohama, o São Paulo conquistava seu terceiro título mundial com uma vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool contando com uma atuação de almanaque do goleiro Rogério Ceni. A defesa de uma cobrança de falta de Gerrard, quando o Mito foi buscar a bola no ângulo, virou estatuetas e até mesmo tatuagem na pele de torcedores mais apaixonados.

Na fase anterior o time paulista havia passado em um duro duelo contra o Al Ittihad, da Arábia Saudita, por 3 a 2.

Ao marcar, de pênalti, um dos gols da vitória, Rogério Ceni se tornou o primeiro goleiro na história a balançar as redes em um torneio da FIFA. Na outra semifinal, o time inglês avançou sem grandes dificuldades ao bater por 3 a 0 os costarriquenhos do Desportivo Saprissa.

O gol que fez a nação tricolor explodir saiu aos 26 minutos do primeiro tempo. Mineiro recebeu passe de três dedos de Aloísio e tocou na saída do goleiro Pep Reina para fazer o que seria o gol do título e quebrando uma sequencia de 10 jogos dos campeões europeus sem ter sua meta vazada. Mas ainda havia 64 minutos pela frente e aí foi a vez de Rogério Ceni, que era reserva de Zetti na conquista de 1993, contra o Milan, mostrar porque seria eternamente chamado de mito pela torcida.

O guarda-redes são-paulino, aos 38 minutos, após duas chegadas perigosas dos europeus, teve que usar toda sua elasticidade para evitar o empate.

Aos 7 minutos do segundo tempo aconteceu a defesa mais importante da longa carreira do goleiro e que ficou imortalizada. Gerrard bateu falta um pouco antes da entrada da área, mais para seu lado esquerdo.

A bola foi no ângulo oposto e com endereço, mas o Mito se esticou todo novamente para mandar para escanteio.

O São Paulo ainda chegou a sofrer três gols, mas todos eles foram anulados: dois por impedimento e um porque a bola havia saído. Para se ter uma ideia da pressão do Liverpool, o time teve durante toda a partida 21 finalizações.

Dessas, oito tiveram intervenção de Ceni, que foi considerado o melhor jogador da decisão.

O São Paulo, do técnico Paulo Autuori, entrou em campo com Rogério Ceni, Cicinho, Fabão, Edcarlos, Lugano, Júnior, Mineiro, Josué, Danilo, Amoroso e Aloísio (Grafite). Já os Reds, dirigido pelo espanhol Rafa Benites, alinhou com Reina, Finnan, Carragher, Hyypia, Warnock (Riise), Xabi Alonso, Luís Garcia, Gerrard, Sissoko (Sinama), Kewell e Morientes (Crouch).