O Brasil, para quem não sabe, é uma nação de múltiplas manifestações culturais. Um país com extensão territorial de proporções continentais, que conta para a formação de sua população, que ainda não se consolidou, com diversos tipos de povos, de diferentes regiões do mundo, além de seu próprio povo nativo.

Sua pluralidade é enorme, proporcionada por tamanha miscigenação, que nada mais é do que o resultado da receptividade dos povos nativos e inclusão dos imigrantes que cá chegaram, buscando oportunidades, mais as pessoas que foram forçadas a vir para cá.

É claro que os primeiros colonizadores, idiotados pelo fenômeno da "supremacia branca", pensaram que podiam enganar os ingênuos nativos, chamados índios, com a finalidade de lhes tomar os recursos naturais, e escravizá-los. Todavia, alguns religiosos acharam que estes nativos não poderiam ser escravizados, pois eles um pouco se assemelhavam aos colonizadores, pois eram providos de alma.

Qual a solução, então, para os colonizadores suprirem a falta de mão de obra que efetivaria o assalto? Ah, os religiosos! Claro que eles não colocariam "as mãos na massa"! Apenas sugeririam que os mais novos donos do Brasil iniciassem o tráfico negreiro. Sim, porque estes "malditos" negros não tinham alma e, podiam sim, ser submetidos a toda sorte de maus tratos, já que eram tão pacíficos.

Quem diria! Os líderes religiosos responsáveis por catequizar os índios, não tinham a mínima noção do que é ser humano! Como poderiam ter a pretensão de conhecer a Deus?

À medida que os índios, nem tão ingênuos assim, apresentaram certa resistência à dominação branca, foram sendo executados, sem a menor compaixão. Isto ocorreria mais tarde, também com os negros, que não eram tão pacíficos assim.

Vejam como começou a ser formada a nação brasileira, em um ponto chave do nordeste! Parece-me que nada mudou. O nordestino, retirante, veio para o Sudeste e foi discriminado. O europeu, aquele à procura por oportunidades. Lembra-se? Pois é! Este foi tratado como rei.

Não faz muito tempo, por volta do início da década de 1990, alguns "imbecilóides" iniciaram uma campanha que tinha o objetivo de conscientizar os paulistanos a convencer os nordestinos que conheciam, a retornar para sua terra natal.

Ridículo! Depois de tudo que cá construíram, fica fácil mandar embora. Queria saber se estas pessoas teriam a coragem de enfrentar este tipo de trabalho braçal, os quais os escravos do início do Brasil, e mais recentemente os migrantes nordestinos enfrentaram, durante todos estes séculos.

Basta uma simples opinião política contrária, para que os sempre velados preconceito e ódio sejam expressados por estes covardes. Sim, covardes, pois nem têm, ao menos, coragem de manifestar sua verdadeira opinião. Bando de hipócritas desalmados!