O governador do Ceará, Camilo Santana (PT-CE), solicitou, pela terceira vez, proteção federal junto ao Ministério da Justiça. Ele vem sendo alvo deconstantes ataques efetuados pelo crime organizado na capital cearense, nos últimos dias. Depois de tentar desmontar a versão de que existem facções criminosas que estão agido tanto na capital quanto no interior do Estado, o governador voltou atrás em sua posição, principalmente, depois que os episódios assumiram proporções cada vez mais graves.

Após as constantes ondas de ataques feitas por bandidos ligados ao crime organizado, Camilo Santana se sentiu ameaçado e, portanto, solicitou reforço da segurança junto aos órgão federais.

Ele atualmente está sobre a proteção de três delegados da Polícia Federal, que se incorporaram à equipe de policiais civis do estado e do próprio secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Delci Teixeira, que mesmo aposentado, faz parte do grupo. O governador está acuado dentro do próprio Palácio do Governo, com receio de novas ações por parte do Comando Vermelho e PCC.

Esta não é primeira vez que Camilo recorre ao Ministério da Justiça para tentar resolver problemas internos de segurança. A última foi para se investigar as onze mortes da chacina ocorrida no bairro de Messejana. Além dos assassinatos, sete pessoas saíram feridas. A perícia da PF foi solicitada para auxiliar a elucidar o caso.

O posicionamento oficial do governador

No início, o posicionamento oficial de Camilo era no sentido de descrença frente às versões que relatavam a existência de facções criminosas no estado do Ceará. Elas eram atribuídas a 'mentiras' e 'boatos' que estariam sendo espalhadas pela própria imprensa e principalmente, pelas redes sociais.

O carro bomba deixado na porta da Assembleia Legislativa do Estado, em Fortaleza

Camilo Santana resolveu mudar o tom de suas declarações a partir do momento em que os ataques assumiram uma gravidade mais intensa. No último, um carro bomba foi deixado propositadamente nas proximidades da Assembleia Legislativa do Estado. Foi uma retaliação de criminosos ao projeto de Lei que obriga a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios localizados em toda a região metropolitana de Fortaleza.

O recado foi repassado pelo criminosos, inclusive pelas redes sociais.

Além dos ataques, a Polícia Federal efetuou a prisão de Alejandro Juvenal Herrera Camacho Júnior, apelidado de 'Júnior', apontado pelas investigações como o número dois na hierarquia da facção criminosa PCC. O número 1 seria seu irmão, Marcos William Herrera Camacho, conhecido como "Marcola". Sobre ele existe a acusação de comandar o tráfico de drogas.com ramificação no estado do Ceará.