"Festa da Salsicha" é um filme para quem deseja ver uma verdadeira "suruba" entre alimentos, ou seja, é uma animação que tem dividido opiniões, principalmente porque a história usa vários temas para brincadeiras, como religião, as divergências entre árabes e judeus e até piadas antigas de cunho sexual, então é bom ir preparado para não ter uma feliz, ou triste surpresa.

Para muitos, a intenção de "Festa da Salsicha" é apenas divertir, sem provocar debates ou querer fazer o público pensar melhor sobre determinado assunto, mas nem todo mundo pensa dessa forma.

A forma de jogar com estereótipos de uma maneira bastante agressiva acaba fazendo com muitos achem a trama pesada demais. Quem está acostumado a dar gargalhadas com os comediantes de stand up comedy, que sempre pegam pesados em alguns temas para arrancar risos da plateia, vai se divertir também com "Festa da Salsicha", mas quem for ao cinema pensando que encontrará "piadinhas engraçadinhas", certamente achará a história pesada demais.

O filme conta a história dos alimentos que estão nas prateleiras de um supermercado esperando serem comprados. Para eles, os consumidores são deuses que escolhem alguns desses alimentos e os levam para o "paraíso", onde eles poderão ser livres e felizes. Sempre que o dia amanhece, os alimentos cantam uma canção para prestarem uma homenagem aos consumidores, ou seja, os tais deuses, que em breve chegarão ao estabelecimento para escolher os felizardos alimentos que passarão a ter uma nova vida.

Acontece que um dos alimentos é comprado por engano e acaba sendo devolvido. Ao voltar para a prateleira ele revela a todos como é a realidade "lá fora", ou seja, que as pessoas não são deuses e sim, monstros, prontos para devorá-los impiedosamente. A salsicha Frank e o pão Brenda não vão acreditar na nova versão para os "deuses" e procuram pela "aguardente", pois ela sabe tudo a respeito das pessoas.

Para um longa-metragem, "Festa da Salsicha" acaba sendo cansativo, não consegue manter a graça todo o tempo e a repetição certamente dará sono a quem for assistir. Nem a dublagem feita pelo "Porta dos Fundos" consegue dar ânimo a história.

Parece que Evan Goldberg e Seth Rogen ficaram mais preocupados em causar polêmica e esqueceram de que a qualidade é fundamental.