Louise Palmer tem 38 anos, mas durante mais de vinte anos escondeu o pesadelo que viveuquando criança. Foi abusada e estupradapelo próprio irmão e guardou segredo. Quando resolveu contar, as portas se fecharam e as menos esperadas: dos pais e da igreja. Em setembro passado, Richard Davenport, o abusador, foi condenado por 14 anos e no tribunal, os pais de Louise continuaramdo lado do irmão.

Passado um mês,Louise falou com o jornal Sunday Peopleecontou tudo que passou e garantiu que não vai conseguir perdoar seus pais nunca.

Louise recordou que tinha cinco anos quando seu irmão começou a molestá-la.

Richard tinha 14 anos nessa data e foi viver em um motor home no jardim, para fugir da atmosfera mais tensa na casa, motivada pela Violência doméstica entre os pais Diane e Trevor. Depois levava a irmã mais pequena para a casa móvel, falando que ia cuidar dela. Por seis anos violou e abusou dela, falando sempre para ela não contar nada para ninguém, ameaçando e fazendo chantagem emocional com a menina.Richard só parou com os abusos quando Louise ficou menstruada e ele ficou commedo que ela pudesse engravidar.

Depois Richard saiude casa, formou Família e Louise foi crescendo e tentando apagar tudo isso da memória. Mas em 2005 que ela contou para o pai e outras testemunhas de Jeová. Louise já tinha casado e era mãe, quando viu o irmão com uma menina de sua família sentada em seu colo.

Resolveu confrontar ele mas achou que devia finalmente denunciar.Mas não podia encontrar resposta pior. Da igreja pediram para ela não contar nada, porque ia dar mau nome e reputação para as testemunhas de Jeová.

Em 2013, finalmente Louise contou para a polícia. Contou tudo o que passou e ganhou o processo em tribunal, onde ficou provado, no mês passado, que Richard Davenport abusou dela.

Mas, do outro lado, apoiando o irmão estiveram sempre seus pais, mesmo sabendo tudo que ele fez contra ela. "Meus pais escolheram meu irmão, mesmo quando eles sabiam o que ele tinha feito. Eu não posso perdoá-los", falou Louise para o Sunday People.

Depois de ganhar coragem para abrir o jogo, Louise dizatodas as pessoas que vivem ou viveram o mesmo que ela, que vale a pena contar, porque a justiça pode sempre ser feita.