Em 2016, Barack Obama viverá o seu último ano como presidente dos Estados Unidos. Como meta principal para o desfecho do seu Governo, Obama já disse que vai acabar com o Estado Islâmico e que vai tentar fechar Guantánamo, prisão cubana que mantém supostos terroristas, que nem mesmo foram jugados.

Para avaliar a ‘Era Obama’, que durou de 2008 a 2012 (primeiro mandato) e que terá o segundo mandato encerrado no ano que vem (2012-2016), o site Blasting News Brasil conversou com o cientista político Jorge Gomes, que fez uma breve avaliação dos anos de Barack Obama à frente da Casa Branca.

Confira:

Primeiro mandato

“Barack Obama assumiu a liderança da Casa Branca com o intuito de revolucionar. Imediatamente ele demonstrou maior abertura para dialogar com o restante da América, o que possibilitou uma aproximação maior com outras potências políticas e econômicas do continente, como Brasil, México e Argentina, e amenizou um pouco a antipatia de países como Venezuela e Bolívia, inimigos declarados da ‘Era Bush’ nos anos anteriores”.

“O diálogo com o mundo também foi mais aberto, como a tentativa de firmar um acordo de paz entre palestinos e israelenses, ainda sem sucesso. A retirada das tropas estadunidenses do Iraque e do Afeganistão também não foi bem sucedida, o que permitiu o fortalecimento de milícias terroristas, como o Estado Islâmico, que hoje é um verdadeiro ‘calo’ no governo de Obama”.

Segundo mandato

“A partir de 2012, o maior avanço de Obama foi a retomada do diálogo com Cuba, o maior legado do seu governo, porém, o que ainda não possibilitou o fechamento de Guantánamo. Também há uma lentidão muito grande para resolver tópicos importantes, como a questão climática, na qual os EUA insistem em tentar rachar a conta com os países em desenvolvimento, o que é injusto”.

“Há pontos positivos, como o pacto nuclear com o Irã, que ainda é uma incógnita, mas que já foi um avanço em termos de diálogo, e o Tratado Transpacífico (considerada a maior área de livre comércio do planeta), mas há também pontos negativos, como em relação ao diálogo com a oposição, que foi um desastre”.

“Resumindo, acredito que a ‘Era Obama’ foi de muito avanço em termos de diálogo com o mundo, mas que, do ponto de vista da execução de ações, deixou a desejar, sobretudo, devido aos constantes entraves com a oposição, o que não foi solucionadopelo presidente norte-americano”, conclui Gomes.