O presidente Vladimir Putin assinou oficialmente o estado de alerta e prontidão máximos das operações do Comando Militar e unidades bélicas da Rússia na região sudoeste (onde estão Síria e Turquia), principalmente da Força Aérea e dos vasos de guerra russos. É como se o presidente Putin e os oficiais russos estivessem preparando psicologicamente as tropas para a sua maior participação em operações de combate desde o fim da 2.ª Guerra Mundial.

As informações sobre as ações militares foram comunicadas ao país pelo ministro da Defesa, Sergei Soigkou.

As palavras do ministro são: “de acordo com a decisão do Comandante em Chefe (Vladimir Putin), as tropas do Comando Militar do Sudoeste serão transportadas por mar e ar até o miolo da zona de conflito. Estamos prontos militarmente para atuar no sudoeste em termos de ações operacionais”, reiterou Soigkou.

Sergei disse que informará a todos os adidos militares dos países estrangeiros sobre a mobilização das forças russas, pois segundo ele, é necessário muito controle e gestão diante da variedade de ameaças que existem, como os ataques terroristas; o preparo russo em repelir os ataques aéreos e também ser capazes de proteger as instalações governamentais.

Até mesmo o chefe da República da Chechênia, Ramzan Kantirof, pela 1.ª vez se pronunciou e disse que junto as forças especiais da Rússia na Síria, há a presença de soldados chechenos nas operações militares contra o Estado Islâmico; inclusive alguns soldados chechenos e russos já morreram em combate na Síria.

Os meios de comunicação falam constantemente que “a Rússia se prepara para a guerra com a Turquia", tudo isso baseado em relatórios importantes emitidos pelo Kremlin e pelo Ministério da Defesa russo, reforçando a atmosfera de guerra que envolve a nação.

Simultaneamente a toda essa movimentação frenética, na Criméia, os aviões de combate russo já estão preparados e com as suas armas carregadas de munição.

A Frota do Mar Negro encontra-se em alerta máximo e foi criada uma unidade especial por parte do governo, com o objetivo de evitar qualquer invasão em águas territoriais russas. Os esquadrões de bombardeiros estacionados na base aérea Marinovka perto de Volgogrado já estão todos alinhados para o eventual acionamento.

Constantine Sivkov, membro da Academia Militar Russa explicou que as tropas foram transferidas para o Sudoeste, mas a guerra ainda não começou, ou seja, a mobilização de todo um grande grupo de militares não significa necessariamente a guerra.

O especialista militar Pavel Felgenhauer frisou que os preparativos militares são unicamente para a Turquia, mas a Arábia Saudita, Catar e EUA complicam a situação se entram diretamente no conflito. Assim, os russos estariam guerreando com o Ocidente e com a OTAN nos territórios sírio e turco, isto é, seria a guerra total.

O canal de TVRussia 1 admitiu que a brigada de elite chechena e a Spetsnaz foram enviadas para a guerra pelo próprio Putin. Enfim, essa unidade de elite (inclui muçulmanos e a ala sunita) e os líderes políticos russos estão todos do mesmo lado, já que o problema não é só religioso, mas que alguns no Ocidente estão se utilizando da religião muçulmana para servir aos seus próprios interesses no Oriente Médio.

Outro motivo da participação da unidade especial chechena, é que os seus homens falam fluentemente o turco, o que será ótimo para a condução de interrogatórios de prisioneiros de guerra.