De acordo com a rede BBC, uma das assassinas em série mais famosas do Canadá foi informada recentemente de que não poderá mais realizar trabalhos voluntários em uma escola infantil localizada em Montreal. O motivo seria a verdadeira "enxurrada" de reclamações que o colégio primário tem recebido por parte dos pais das crianças que frequentam a instituição de ensino cristã, que temem a serial killer por seus antecedentes criminais.

No início da década de 1990, Karla Homolka – atualmente com 47 anos de idade – cometeu juntamente com seu ex-marido, Paul Bernardo, os assassinatos de Leslie Mahaffy (14) e Kristen French (15), duas estudantes da província de Ontário.

Além disso, Homolka desempenhou um papel-chave no estupro e morte de sua própria irmã, Tammy (15).

Em 1993, a criminosa fez um acordo com as autoridades para testemunhar contra seu ex-marido, e este trato que fez com que sua pena fosse reduzida. Homolka foi sentenciada a 12 anos de detenção, enquanto que Bernardo recebeu a pena de prisão perpétua pelos crimes de sequestro, confinamento forçado, agressão sexual e assassinato.

Ajudando na escola infantil

Depois de ser libertada de uma penitenciária de segurança máxima em 2005, Karla Homolka se casou com o irmão de seu advogado – com o qual tem três crianças –, e nesta semana, o site canadense City News descobriu que a serial killer estava ajudando a supervisionar estudantes do jardim de infância na escola particular Greaves Adventist Academy, onde seus filhos estudam, e que é administrada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (uma das vertentes protestantes do cristianismo).

Após receberem inúmeras reclamações tanto dos pais dos alunos quanto do público em geral, os gestores da instituição de ensino decidiram mudar sua política de aceitação de voluntários na última quinta-feira (dia 1º), e agora estão recusando a ajuda de qualquer pessoa que possua antecedentes criminais.

Um porta-voz da igreja havia afirmado nesta semana que a administração da instituição de ensino estava ciente dos crimes de Homolka, mas em um comunicado, a Igreja Adventista do Sétimo Dia – que opera 43 escolas no Canadá – afirmou que "ouviu as preocupações dos pais e membros da comunidade desconfortáveis ​​com relatórios recentes na mídia" sobre a ajuda que a assassina de adolescentes estava dando ao colégio.

Segundo a BBC, os parentes das vítimas de Karla Homolka acreditam até hoje que ela ainda não pagou sua dívida com a sociedade. Tim Danson, advogado de ambas as famílias que tiveram as adolescentes assassinadas, declarou nesta sexta-feira (2) que a serial killer nunca mostrou qualquer "faísca de remorso ou contrição".