Segundo informações disponibilizadas pelo site Mail Online, uma mulher britânica – mãe de três filhos – foi condenada nesta quinta-feira (19) pela justiça do Reino Unido a cumprir 15 anos de detenção por ter abusado sexualmente de um garoto de 11 anos que não era seu parente. Algo que choca neste caso é que as agressões foram filmadas e fotografadas pelo próprio parceiro da mulher. Se não bastasse tudo isso, a dupla ainda vendeu os vídeos de Pedofilia em uma barraca montada em um mercado.

Dawn Davies, de 36 anos, atraiu o menino para o seu apartamento situado na região metropolitana da Grande Manchester, em janeiro de 2012.

As relações impróprias ocorreram até abril de 2014. Durante estes dois anos de violentos abusos, a criança foi repetidamente ameaçada por Davies – que se aproveitando da ingenuidade do garoto, lhe dizia que o entregaria para a polícia sob a acusação de que ele teria quebrado uma janela da propriedade dela para praticar invasão de domicílio.

O caso só foi descoberto graças a uma denúncia, que levou as autoridades até a casa da pedófila, localizada na cidade de Salford. Quando invadiram a residência, os agentes da lei encontraram dois computadores (um laptop e um desktop), com os quais o parceiro de Davies fazia buscas na internet procurando por material contendo menores de idade – tanto meninos quanto meninas – nus.

Sem demonstrar emoção

O julgamento de Dawn Davies aconteceu no Tribunal da Coroa (Crown Court) de Manchester, onde o júri ficou sabendo sobre a venda dos vídeos de pedofilia produzidos pela mulher e seu companheiro. Peter Atherton, juiz do processo, afirmou perante a corte que aquele era um "caso raro" de abuso sexual, pois apresentou "uma espantosa extensão" na perversidade infligida contra a criança.

Davies recebeu ao todo 12 acusações por ter incitado o menino a se engajar em atividades sexuais e por taxá-lo de mentiroso. A ré negou todos os crimes sem demonstrar qualquer emoção, mas acabou sendo condenada depois que o garoto – agora com 16 anos de idade – testemunhou contra ela.

Em uma declaração concedida à polícia, a vítima afirmou que tentava lutar contra a pedófila nos momentos em que as agressões ocorriam, mas ao se deitar sobre ele, a mulher o subjugava, prendendo-o na cama com o peso do corpo.

O advogado de defesa de Davies, Andrew Marrs, apelou para a informação de que sua cliente enfrentou abusos domésticos quando tinha 13 anos, e que em função de seu sofrimento ainda muito jovem, ela se tornou "vulnerável", sendo "facilmente manipulada, especialmente em relacionamentos abusivos".

No entanto, o juiz Atherton ressaltou que o menino foi usado pela acusada na produção de vídeos e fotos que foram compartilhados com outras pessoas – o que exigiu planejamento prévio. Além disso, o magistrado apontou para o fato de que a ré não demonstrou nenhum remorso no decorrer do inquérito – levando a crer que a mulher parecia não compreender a dor que causou ao menino –, e que os abusos repetidos provocaram traumatismos físicos e psicológicos na vítima, a qual poderá sofrer com distúrbios comportamentais pelo resto da vida.

Além da sentença de 15 anos de prisão, Davies foi obrigada a assinar o chamado Registro de Ofensores Sexuais (Sex Offender Register) do Reino Unido, e foi submetida a uma Ordem de Prevenção de Danos Sexuais (Sexual Harm Prevention Order), o que quer dizer que ela está proibida, por exemplo, de trabalhar em alguma atividade que envolva o cuidado de crianças após cumprir a sua pena, já que apresentaria um risco à sociedade.