Não é o primeiro nem o segundo caso de políticos conservadores que dedicam anos e anos de suas vidas a atacarem os homossexuais e defenderem “os valores tradicionais da família”e de Deus, mas que acabam se envolvendo em escândalos sexuais com outros homens.

O caso mais recente é o do deputado estadual do Partido Republicano de Ohio, Wes Goodman, de 33 anos, conhecido por lutar incansavelmente contra os movimentos LGBT.

Goodman, sempre aplaudido pelos conservadores por falar em nome da família e afirmar reiteradamente que casamento natural é apenas entre um homem e uma mulher, viu seu discurso moralista cair por terra esta semana quando foi flagrado em seu próprio gabinete mantendo relações sexuais com outro homem.

O deputado confirmou as acusações, acabou renunciando ao mandato e pediu desculpas aos que ele decepcionou e pediu privacidade para poder enfrentar este novo momento de sua vida. Aos homossexuais, que ele tanto criticou, Goodman não pediu desculpas.

O deputado era casado e se descrevia no Twiiter como “cristão, americano, conservador, republicano"

Além do choque de seus eleitores, muitos que são contrários às ideias do deputado, postaram nas redes sociais, questionamentos sobre o que ele diria se um gay estivesse fazendo sexo em seu local de trabalho e esse trabalho fosse pago com o dinheiro dos contribuintes.

Outros conservadores já se envolveram em escândalos gays

O caso do deputado Goodman choca, mas não é o primeiro, nem o segundo.

Em 2006, pastor americano Ted Haggard, presidente da Associação Nacional de Evangélicos - ligada ao Partido Republicano, e principal nome na luta contra o casamento gay, teve que renunciar após vir à tona que ele manteve por três anos um relacionamento homossexual com um garoto de programa.

Também nos Estados Unidos, onde o conservadorismo tem muitos adeptos, mais um escândalo sacudiu a Política.

Em 2007, o senador republicano Larry Craig, na época com 62 anos, conhecido por suas posições anti-homossexuais, foi preso em um banheiro público quando tentava atrair um homem para manter relações sexuais. Para seu azar, esse homem era um agente policial que o deteve e o levou para delegacia. O escândalo fez com que a carreira do senador moralista fosse encerrada.

Defensor da “Cura gay” se casou com um gay

Outro caso que chamou a atenção da população americana, foi do ativista anti-gay, John Smid , que durante 18 anos liderou um grupo que pregava a “cura gay”. Ele dizia que o homossexualismo era pecado e pedia orações para que os gays abandonassem tal prática.

Pórem, após tantos anos, Smid surpreendeu ao abandonar a causa e se casar com seu parceiro, Larry McQueen. Ele pediu desculpas aos gays que prejudicou e afirmou que achou que fosse possível mudar sua orientação sexual, mas viu que aquilo era inútil.