O vírus Ebola tem cinco linhagens (conhecidas também como cepas), mas o predominante na epidemia e também o mais letal é o Zaire, que desde março de 2014 atinge e faz milhares de vítimas na África Ocidental - quase cinco mil pessoas morreram de março a outubro de 2014. Esses dados mostram que que a epidemia é a maior da história e que essa doença infecciosa está longe de ser controlada.

As outras espécies do Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston e Sudão - todos receberam os nomes dos seus locais de origem. Desses quatro, apenas o Reston é o menos perigoso, ele pode infectar, mas não foi registrada nenhuma enfermidade ou morte até então.

Dados sobre o Ebola

O vírus surgiu pela primeira vez em 1976, em alguns surtos simultâneos nas cidades de Nzara (Sudão) e em Yambuku (República Democrática do Congo) - em ume região que fica próximo ao rio Ebola, o mesmo que dá nome à doença.

O vírus Ebola tem hospedeiros naturais: os morcegos frutívoros. A taxa de mortalidade do víris é alta: de 25% a 90%, dependendo da linhagem.

O primeiro surto associado ao vírus, em 1976, no Zaire, registrou 318 casos de uma doença hemorrágica, sendo que, desses 318 casos, 280 resultaram em uma morte rápida. No Sudão, nesse mesmo ano, 284 pessoas foram infectadas e 156 delas vieram a óbito.

A transmissão

Pode ser transmitido por humanos e por animais. Não é transmitido pelo ar e a transmissão de humano para humano se dá através de fluídos corpóreos, secreções e pelo sangue de uma pessoa infectada quando esse estiver com os sintomas da doença.

Há o perigo durante os rituais fúnebres, sendo essa uma das principais formas pelas quais a doença é transmitida, uma vez que as pessoas mortas são tocadas e lavadas, em sinal de carinho - e dessa forma, se dá o contágio, principalmente porque o vírus se torna muito mais contagioso nas últimas horas antes da morte.

Profissionais da saúde e agentes comunitários locais também são infectados ao tratarem pacientes, pelo contato próximo ou pela falta de uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção.

Os sintomas

Não tão específicos no início, podem dificultar o diagnóstico. Alguns deles:

- Febre repentina;
- Fraqueza;
- Dor muscular;
- Dores de cabeça;
- Inflamação na garganta.

Esses são os iniciais, após isso, a pessoa infectada pode apresentar vômitos, diarreia, coceiras, sangramento interno ou externo, deficiência nas funções renais ou hepáticas, olhos avermelhados, dores no peito e erupções cutâneas ou dificuldade para respirar e engolir. Os sintomas costumam aparecer 21 dias após a pessoa ser exposta ao vírus.

O tratamento

Terapia de apoio, hidratando o paciente e mantendo seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea, tratando as infecções que possam aparecer.
Recuperado do Ebola, o paciente fica imune à cepa (linhagem) do vírus que contraiu.
O fim de um surto é declarado depois de 42 dias sem outro caso confirmado.