A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios (CONATEC) declarou, nesse sábado (09), que entrará com ação judicial junto ao Ministério Público para contestar a demissão do zelador José Afonso Pinheiro que prestou depoimento sobre o apartamento tríplex que seria de Lula no Edifício Solaris no Guarujá.

A demissão do zelador aconteceu na última quinta-feira (07), segundo Paulo Ferrari, presidente da CONATEC, esse ato reflete claramente a ditadura do medo, sob a qual vivemos atualmente, e a demissão do zelador representa uma ferida grave ao estado democrático de direito.

“A demissão reflete de forma clara a ditadura do medo a que todos os trabalhadores brasileiros estão submetidos. A demissão representou uma lesão grave ao estado democrático de direito, então não podemos nos calar. Vamos lutar para reverter esse cenário”.

O presidente também afirmou que, caso não haja uma reparação na injustiça realizada, manifestações em frente ao edifício Solaris poderão ser realizadas.

Presidente da Conatec afirmou que a demissão significou uma agressão moral ao trabalhador

Para Paulo Ferrari, a demissão do zelador, trouxe à tona uma conduta abusiva e que certamente trará graves consequências ao trabalhador, que ficará sem seu principal meio de subsistência devido a um ato que ele considerou como um “ato de retaliação”.

Disse também que a Conatec oferecerá apoio total ao trabalhador diante dessa difícil e traumática situação. Considerou que a atitude de demitir o zelador foi uma verdadeira agressão moral a um trabalhador que somente prestou seu depoimento ao Ministério Público.

Ferrari também se posicionou favorável ao combate à Corrupção, e que ninguém pode ser penalizado, apenas por falar a verdade em um processo de vital importância na mudança dos rumos do país.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o síndico do condomínio Solaris, Mauro de Freitas não quis se pronunciar sobre a demissão do zelador. Já a empreiteira OAS informou, em nota, que não tem absolutamente nenhuma relação com a demissão do trabalhador e, portanto, não interferiu na decisão.