Durante a polêmica sessão extraordinária do Senado Federal para julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade, muitas pessoas ficaram atentas à TV Senado para conferir imagens ao vivo de um dos acontecimentos que promete entrar para a História do Brasil. Contudo, em meio a aplausos, vaias e discursos acalorados, muitos internautas e partidários contra a favor de Dilma ficaram atentos a detalhes que vazaram das câmeras da emissora exclusiva da Casa legislativa. Um dos momentos flagrantes que causou comoção na web ontem, dia 29 de julho, foi a imagem de um senador balançando um pacotinho suspeito durante a defesa de Dilma.

No momento em que a petista falava em resposta ao senador Aloysio Nunes (PSDB), uma das lentes que circulava pelo Senado focou uma mão misteriosa entre os parlamentares sacudindo um pacote pequeno com alguma substância branca dentro. Ainda não se sabe do que se tratava, mas muitos internautas acusaram o senador de identificação desconhecida de estar "batendo" um pouco de cocaína para ser consumida no intervalo da sessão. Como forma de "debochar" do fato, foi inserida a música "Tem coca aí na geladeira" de Bezerra da Silva. O vídeo repercutiu pelo Facebook e Twitter e já conta com mais de 260 mil acessos só em uma das páginas divulgadoras.

Assista:

Até o momento, nenhum senador se manifestou a respeito das imagens, já que não foi possível identificar de quem era a mão misteriosa.

Porém, há internautas que acusam Aécio Neves (PSDB) de ser o dono do pacotinho.

"Isso aí tá com ser coisa do seu Neves... Depois do helicóptero recheado de coca não seria novidade nenhuma. Um disparate e desrespeito com a senhora presidenta!", escreveu uma usuária do Facebook.

Até mesmo a própria página divulgadora das imagens debochou do fato.

"E se o golpe for só uma onda de pó?", escreveu.

"Aécio Neves e os parças dele vai fazer um role de louco depois do processo, certeza... dormir para que né rs", escreveu um dos curtidores da postagem.

Discurso emocionado e acusatório

A defesa inicial de Dilma, que aconteceu por volta das 10h da manhã durou quase 40 minutos. Em sua fala, ela defendeu seu mandato, lembrou da campanha pelo Brasil contra o Impeachment e também apontou fatos históricos de presidentes que "sofreram" na mão de seus algozes, como Getúlio Vargas, JK e Jango. O período em que foi torturada pelos militares também serviu como base de seu discurso, apoiado na tese do "golpe" contra o Estado Democrático de Direito.