Dois possíveis candidatos à presidência da República em 2018, o deputado federal Jair bolsonaro (PSC/RJ) e o senador Magno Malta (PR/ES), afirmaram que estarão do mesmo lado nas próximas Eleições. A declaração foi dada no salão verde do Congresso Nacional na noite da última terça feira (21/02).

Os parlamentares participavam de uma entrevista transmitida ao vivo para uma rede social na página do grupo Corrente do Bem Pelo Brasil. Jair Bolsonaro afirmou: “Nós não podemos nos dar ao luxo de nos dividir. Tá OK, ou eu tô com Magno em 2018 ou ele tá comigo.

Tá OK. Ninguém vai tá contra o outro”.

Magno Malta, que é cantor e pastor evangélico, usou a Bíblia como exemplo para justificar a aliança. “A Bíblia diz que uma vara sozinha arrebenta, mas um feixe é difícil de arrebentar. Então, nós vamos ser sempre um feixe não uma vara sozinha", explicou.

Composição de chapa

Sobre uma possível composição de chapa, ambos negaram que já exista um acordo prévio. Segundo Bolsonaro, o importante é estarem juntos para o bem do Brasil. Já Malta ressaltou o fato de pensarem da mesma maneira e terem com adversário em comum a esquerda e o comunismo.

Líderes de direita

Ao ser perguntado se estava ocupando um vácuo na política da direita nacional, o deputado federal Jair Bolsonaro disse que isso não deixa de ser verdade.

Porém, lembrou que existem muitas lideranças boas como os senadores Magno Malta e Ronaldo Caiado.

“O Brasil vive uma crise de liderança”, disse Magno Malta. Segundo o senador, tal crise de liderança se dá devido à maioria dos políticos estarem envolvidos nos casos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

O senador também destacou o fato da população ser majoritariamente cristã e não aguentar mais a falta de posição da classe política sobre assuntos considerados polêmicos como aborto, casamento homo afetivo, liberação de drogas, entre outros. “O fato de tá havendo esse vácuo é por que a sociedade não aguenta quem não assume nada, quem não tem posição, quem gagueja, quem não sai de cima do muro, quem mente no processo eleitoral e efetua outra coisa...”, destacou.

Voto impresso

O voto impresso também foi abordado. O deputado federal Jair Bolsonaro reafirmou o que havia declarado a uma rede social em 2015. Na época, Bolsonaro disse que só concorreria à presidência da República desde que houvesse juntamente com a votação eletrônica o voto impresso.

A PLC do voto impresso foi vetada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015, porém o Senado Federal derrubou o veto em dezembro daquele ano.

Bolsonaro, que vem crescendo nas pesquisas eleitorais, afirmou que concorrer à eleição sem a previsão da impressão do voto só serviria para que fizesse figuração e desse legalidade à possível vitória de alguém da esquerda.