O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), foi um dos parlamentares que se abstiveram de votar no projeto sobre terceirização que foi aprovado na Câmara, nesta quarta-feira (22). A aprovação do PL 4.302/98 foi alcançada com 231 votos a favor – incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) – e 188 contrários. Este projeto, de quase 20 anos, havia sido aprovado no Senado em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, e foi colocado em votação após acordo entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Além de Jair Bolsonaro, outros sete parlamentares se abstiveram de votar: Marcos Soares (DEM-RJ), Misael Varella (DEM-MG), Celso Jacob (PMDB-RJ), Pastor Luciano Braga (PRB-BA), Marco Feliciano (PSC-SP), César Souza (PSD-SC) e Antônio Jácome (PTN-RN).

Críticas

Os eleitores de Jair Bolsonaro pouco se manifestaram nas redes sociais, mas aqueles que não gostam do deputado federal aproveitaram a abstenção para criticar o pré-candidato à Presidência e todos os que o apoiam.

Bolsonaro não comentou sobre a votação em sua página oficial no Facebook, onde é seguido por quase quatro milhões de pessoas.

Eduardo Bolsonaro, que votou a favor, defendeu o seu voto nas redes sociais.

Terceirização

Com o PL da terceirização aprovado, haverá algumas mudanças nas relações trabalhistas.

As empresas podem agora contratar serviço terceirizado até mesmo em sua atividade fim. Na prática, isso significa que uma fábrica de veículos, por exemplo, pode contratar empregados terceirizados para a linha de montagem.

Antes da aprovação, apenas serviços como limpeza e manutenção, por exemplo, poderiam ser terceirizados.

Quem já trabalhou como terceirizado sabe que os salários são mais baixos do que os dos profissionais contratados diretamente pela empresa.

Este assunto ainda vai repercutir bastante em todo o Brasil nas próximas semanas. Atitudes impopulares como essa fazem o governo Temer ser ainda mais rejeitado pelos brasileiros.