Em tempos em que se buscam alternativas que ajudem com a sustentabilidade do planeta, principalmente as que surgem como opções para que se possa dar um "descanso" ou fazer menos uso dos recursos não renováveis, qualquer notícia que venha a somar é sempre muito bem-vinda - como o anúncio de que a cidade de Itaqui, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, receberá investimentos para a construção de uma termelétrica que será abastecida a partir da casca de arroz, elemento abundante na região, por conta da cidade ser uma grande produtora e beneficiadora do grão.

A região só tem a comemorar, principalmente por receber um investimento em meio ao caos causado pelas crises política e financeira, e também porque ameniza o problemas de áreas muito importantes: a energética e a ambiental, pois dará uma destinação ambientalmente correta para um resíduo agrícola. Além disso, há ainda outro diferencial: o material que sobrará após a queima, que é a cinza da casca de arroz, será processado para que se extraia sílica, um material bastante utilizados em cadeias produtivas de borracha, concreto e indústrias de fertilizantes.

O projeto da termelétrica é da MPC Bioenergia Brasil, uma empresa de um grupo alemão e o investimento no obra será de R$ 200 milhões.

Além de todas as vantagens que já foram citadas, há ainda a que compreende o crescimento da região, a geração de emprego (direto e indireto) e renda.

Estima-se que a construção da usina seja iniciada no primeiro trimestre de 2016 e as expectativas são de que ela fique pronta em dois anos. Nesse período, o de implantação, serão gerados de 300 a 350 empregos e com a termelétrica operando, 250 empregos.

Essa é a segunda termelétrica do tipo implantada na região. Na cidade vizinha de Itaqui, São Borja, ganhou uma usina com essa geração de energia em 2012.

Nessa época, a MPC já havia revelado que tinha planos para outros projetos do tipo, apontando as cidades de Itaqui e Pelotas como as recebedoras do aporte. A ideia da empresa era já ter começado, mas estava estudando formas de resolver a questão dos resíduos das cinzas. Ainda há a intenção da construção de outra em Pelotas, mas segundo os executivos da MPC, somente depois que a de Itaqui estiver pronta e em pleno funcionamento.

Dirigentese outros integrantes da MPC estiveram na última terça-feira (17) no Palácio Piratini, em Porto Alegre, capital do estado do RS, em reunião com o governador José Ivo Sartori, para anunciar o novo investimento.