Morador da Zona Sul do Rio de Janeiro, o jovem Karl Max Azevedo Wilborg, 23 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (28) em um apartamento na Zona Norte da cidade, muito distante da sua casa no bairro do Flamengo. Policiais da Delegacia de Combate as Drogas (DCOD) conseguiram fazer a abordagem do suspeito após 30 dias de investigação. De acordo com as informações levantadas pela polícia, o ex-estudante do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) largou os estudos para se dedicar a atividades ilícitas como importação e venda de drogas sintéticas, anabolizantes e remédios para impotência sexual.

No local onde foi preso, no bairro do Rocha, Karl Max guardava a mercadoria proibida que vendia. Foram apreendidos com ele entorpecentes e outras substâncias ilícitas, só de suplemento o jovem tinha R$ 60 mil em estoque. Tudo que foi encontrado foi levado à delegacia pelos agentes. Vestido com uma camisa da Nike na hora da prisão, ele explicou aos agentes que é capitalista - seu nome se assemelha ao do filósofo alemão, Karl Marx, conhecido como criador do comunismo.

Ao deixar a Zona Norte, os policiais foram até a casa do suspeito, localizada na Rua Senador Vergueiro, onde encontraram mais drogas e extratos bancários com transações de alto valor. Filho de uma família da classe média carioca, Karl Max tinha clientes nas principais academias dos bairros nobres do Rio de Janeiro. 


Para os pais do jovem, que são arquitetos, o filho atuava como microempresário no ramo de suplementação alimentar para atletas e praticantes de atividades física. A mãe recebeu a notícia com muita surpresa por não imaginar que Karl Max levava uma vida dupla e tinha se envolvido com o crime.

O delegado da DCOD, Antenor Lopes, fez um alerta aos pais que veem os filhos alcançarem uma estabilidade financeira repentinamente.

"Geralmente há algo errado acontecendo e é bom entender que atitudes criminosas tem consequencias grandes e ruins. É triste ver cada vez mais jovens largarem boas oportunidades por causa do tráfico".

Se condenado, Karl Max pode pegar até 15 anos de reclusão por tráfico de drogas e crime contra saúde pública.