Não é difícil de ver muitos discursos pregando a "moral e os bons costumes", afirmações sobre o que é certo e todos aqueles que não a seguem são, portanto, amorais, sem valores e que devem ser excluídos. Alguns casos chegam a unir o discurso aparentemente religioso.

A hipocrisia é um ator ou efeito de fingir. Casos polêmicos costumam-se aparecer esses tipos de pessoas que não apenas expões suas opiniões, mas também agridem aqueles que não seguem o "padrão", mas quanto na verdade muito dos que falam não seguem nem o terço de suas palavras ou se seguem tem pensamentos muito mais fora do padrão do que os daqueles que são rejeitados, não se enquadram no padrão.

Mas por que isso acontece?

Na antropologia dá-se o nome de etnocentrismo. Que é na verdade uma visão de mundo que caracteriza que seu grupo étnico ou nação são mais importante que os demais. Essa visão etnocêntrica desconhece a cultura diferente, causando a depreciação e a intolerância, gerando por sua vez o preconceito e ideias fundamentalistas. Voltando ao tema hipocrisia pode-se observar que esses mesmos "hipócritas" se tornaram assim para poderem se encaixar na sociedade, naquele grupo considerado certo, melhor. E por fim agredindo aqueles que tiveram coragem de não seguir o padrão, que seguiram apenas o que eles queriam e não o que outrem exigira. Ou seja a hipocrisia é relacionada em se encaixar no grupo, logo está diretamente relacionada ao etnocentrismo.

Nas artes da teledramaturgia personagens como Doroteia (Laura Cardoso) da novela Gabriela, o prefeito Aderbal (Marcos Plameira) e sua mãe Consuelo (Arlete Salles) da novela Babilônia, retratam muito bem a hipocrisia existente em muitas ou em algumas pessoas. Que pregam valores que não praticam, muito pelo contrário, no seus íntimo fazem coisas que contradizem o que eles falam.

Por fim, a hipocrisia pode se dizer que é uma consequência do individualismo da sociedade que acredita que o seu meio, seu modo de ser é melhor que a do outro. A hipocrisia é mais um dos tantos males de nossa sociedade.