A grande polêmica que envolve o tema da redação do Enem só tem ganhado força nas redes sociais. É claro que toda essa construção ideologia não é atoa. E sim, o tema poderia ter sido qualquer outro assunto polêmico que está atuante em nosso dia a dia. Como, por exemplo, a grave crise econômica que o Brasil enfrenta, ou mesmo a questão dos refugiados.

Todos os assuntos são de extrema importância, e, nessas possibilidades de temas, o aluno poderia discorrer com bons argumentos os caminhos para elaborar o texto.

O que surpreende é todo o incomodo por partes de alguns ao se falar nesse assunto que foi tema do Enem: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

Parece até estranho, em pleno século XXI, que esse tema esteja dividindo opiniões e tenha dois lados opostos, um que defende a importância do assunto que foi colocado em pauta pelo Ministério da Educação (MEC), enquanto o outro lado faz críticas citando um suposto feminismo dos organizadores do Enem.

Já na primeira etapa do Exame, uma das questões abordava o tema, onde Simone de Beauvoir trouxe a discussão de gênero, causando "tempestades" e "tormentas" para aqueles queacreditam que trata-se apenas de um discurso feminista. Uma das principais críticas é o teor esquerdista que vem sendo exposto, mas é no mínimo contraditório afirmar que apenas as pessoas de esquerda querem tratar desse tema.

A mulher que sofre agressão, seja ela física, ou psicológica, em sua maioria, não faz parte nem da direita, e nem da esquerda.

O que todos precisam é de segurança.As mulheres já enfrentam muitas agressões, e essa questão tão delicada ultrapassa os limites das disputas políticas, as mulheres não devem esperar as brigas partidárias.

Segundo o autor Alan Lima: "Que não seja só tema de uma redação, que seja tema de músicas, filmes, documentários, propagandas, capinha de celular”. É preciso uma aliança entre os partidos nas ideologias, para que nenhuma mulher seja agredida e que possam viver tranquilas. Hoje, já está sendo outro dia.