Pular corda, brincar de esconder, ler e viajar na magia dos livros, cada dia isso mais parece aquelas antigas historias de "era uma vez...". Para tudo! Em que época estamos vivendo? Bebês que mal saíram das fraldas operando celulares e tablets? Sim, esta é a nova realidade de nossos filhosenetos. Ate onde isso é bom? Que tipo de pessoas estamos semeando para o mundo, para o nosso planeta?

Cada dia o diálogo está mais difícil, a nova geração que está se formando vive com a cara enterrada nos celulares, tablets, notebooks, e quando se encontram pessoalmente, cara a cara, na real, muitas vezes nem sabem o que dizer.

Bonecas, carrinhos? Que tipo de presente de natal ou aniversario é este? Mal aprendem a andar e já pedem um smartphone, um tablet.

Verdade é que os jovens tão "experts" na era digital estão perdendo o primeiro dom natural, que é de comunicar-se. Chega ao cumulo de dentro de uma casa se comunicarem por wpp. Redação? Como um jovem vai saber fazer se não tem o básico, uma boa leitura?

Sentimentos são expressados através do mundo virtual, porque no real não sabem muitas vezes nem fazer um carinho, é tão mais fácil virtualmente dizer eu te amo, ou xingar, ou extravasar, sem ter de encarar a realidade, o cara a cara, e se forem por algum motivo forçados a encarar o mundo real geralmente fracassam e voltam correndo ao seu pequeno mundinho virtual.

Até onde nós pais temos responsabilidade nisso? Total e nenhuma, neste mundo tecnológico somos obrigados a nos ambientar e também viver nele, pois senão a vida nos engole. Para competir no mercado de trabalho temos de no mínimo saber algo de tecnologia, o que acaba nos deixando sem tempo tempo também para as coisas mais básicas da vida, e vira bola de neve, porque vem o pensamento "vou ensinar meu filho para que possa se defender no mundo", e achamos mais comodo dar um tablet, um celular que uma boneca em nosso tempo, sempre tão corrido e concorrido.

E quando paramos para perceber e nos arrepender já e tarde demais, não conseguimos reverter as coisas e acabamos virando mais um número, um IP da internet, da era tecnológica, e acabamos nos arrependendo e pensando em soluções que se perdem no dia a dia, e assim criamos mais um "filho digital".

E você? Que tipo de pai e mãe é? Que tipo de filho é? Que tipo de cidadão é? Qual seu papel neste mundo novo, desconhecido e ao mesmo tempo tão fácil e acessível?