Há um entendimento entre os estudiosos do comportamento que o homem contemporâneo está perdendo a capacidade de viver o tempo presente. Com efeito, pensar mais no futuro e menos no presente parece ser uma característica dos novos tempos. No entanto, o ser humano não pode viver apenas em função de expectativas futuras. Ele deve parar de pensar apenas na linha de chegada e começar a contemplar todo o percurso, o momento presente.

Desse modo, o homem contemporâneo gasta muito tempo pensando no que está por vir. Passa a maior parte do tempo perguntando: como vai ser o amanhã, a semana que vem, o mês que vem, o ano que vem, e esquece de viver as coisas boas que estão acontecendo agora em sua volta.

O melhor é parar de olhar o calendário, o relógio o tempo todo, e pensar que o melhor tempo é o agora. Só vivento intensamente o momento presente é que o homem se prepara para o futuro.

Do ponto de vista filosófico, a vida humana é um momento da existência na linha do tempo. Ou seja, um nada em relação ao infinito. Portanto, o segredo da vida consiste justamente em tornar esse “momento” um tempo extraordinário. As abelhas, por exemplo, tem muito que ensinar aos humanos. E nós, humanos, devemos ter a humildade de aprender com as abelhas.

Uma abelha visita 10 flores por minuto em busca do pólen e do néctar. Ela faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e o guardam numa bolsa localizada na garganta.

Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de Abelha para abelha.

Uma colmeia abriga até 80 mil abelhas. Tem uma rainha, alguns zangões e milhares de operárias. Se nascem duas rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que uma morra. Apenas as abelhas fêmeas trabalham. A única missão dos machos é fecundar a rainha. Depois de cumprirem essa missão, eles não são mais aceitos na colmeia.

Ficam de fora até morrer de fome.

Sob todos os pontos de vista, o exemplo das abelhas é pedagógico. Isso é, elas ensinam que o ser humano deve pensar mais no grupo e menos em si mesmo. Ou seja, que a saída para muitos problemas contemporâneos é a coletividade e não o individualismo. Seja como for, o interessante é viver intensamente o presente, pois o amanhã ainda não chegou e quando chegar não será mais o amanhã, será o hoje. Então, viva o agora e pense menos no amanhã!