A cama, talvez mais do que qualquer outro lugar, simboliza a necessidade de conciliar duas visões diferentes de vida, dois conjuntos diferentes de gostos, interesses, valores e necessidades - ainda de conciliar os desejos do Casal às necessidades impostas pela vida. Assim como o casal precisa encontrar um consenso quanto ao que é permitido e desejável no sexo, o casal precisa também encontrar um jeito de administrar a cama (e, por extensão, o quarto do casal) de maneira que ela possa ser um lugar de paz, união e expressão de afeto. A seguir, estão listadas e discutidas duas dicas que podem ser bastante úteis como orientação para isso (evidentemente, cada casal tem que estabelecer suas próprias regras):

1 - Evitar permitir que o trabalho tome o local

Por mais cômoda que possa parecer a ideia de fazer na cama o trabalho levado para casa, deixar que os papéis do escritório ou computadores invadam o local - sempre, claro, com tarefas inadiáveis - pode comprometer o papel de oásis de tranquilidade tão longe quanto possível das turbulências e exigências do mundo exterior que ela pode ter.

Há até quem aconselhe evitar no quarto a presença de elementos como televisores, computadores e equipamentos eletrônicos em geral por considerarem que eles distraem muito o casal de seu relacionamento. Talvez seja exagero, talvez não seja exagero, mas, pelo menos, confinar o trabalho longe do quarto e, tanto quanto possível, manter as preocupações associadas a ele fora do cômodo são medidas que podem ajudar um pouco a conservar o caráter de ninho de amor da cama do casal.

2 - Evitar que os filhos e outros entes queridos tomem o local

Se o casal divide a casa com crianças, animais de estimação, amigos, parentes ou outros seres queridos quaisquer, é preciso saber adaptar-se à situação, especialmente no caso de crianças.

Tanto quanto possível, porém, é bom que eles não vejam a cama - e o quarto de modo geral - como um local que eles possam tomar para nele fazer o que quiserem, como tirar uma soneca, brincar, fazer algazarra ou perturbar o casal na intimidade ou durante o sono.

Claro, acomodações precisam ser feitas à natureza de cada circunstância - especialmente, no caso de filhos que, por alguma razão, procuram o casal de madrugada.

Não há jeito: a vida íntima tem que ser conciliada com as responsabilidades inerentes à paternidade e à maternidade. Demarcar limites razoáveis - tanto quanto permitem as responsabilidades irrenunciáveis do casal - à atuação alheia no quarto pode ajudar pelo menos um pouco a conservar a mística - e a realidade - da cama como um lugar de prazer, relaxamento e demonstração de afeto para o casal.