A intolerância religiosa é uma forma ostensiva de tentar reprimir a crença de outros indivíduos que não pensam da mesma forma ou compartilham da mesma cultura religiosa. Ela se faz presente em todas as partes do mundo e se manifesta em diversas formas, seja com violência verbal ou física. Ainda não há um combate efetivo no Brasil para esse mal e, mesmo que o Estado seja dado como laico, a maioria das pessoas manifestam o preconceito de forma explícita, só porque o outro é diferente.

Ainda falando do Estado laico, acontece algo curioso por aqui. Nas repartições políticas, locais onde o profissionalismo e a neutralidade deveriam se sobrepor, políticos utilizam crucifixos e imagens de santos em seus gabinetes, manifestando a sua crença sem se preocupar se está ofendendo ou invadindo o espaço dos seus colegas, fugindo totalmente do conceito de empatia.

Além disso, alguns candidatos a cargos como vereador, deputado , prefeito e até presidente, utilizam do convencimento religioso para obter mais votos.

Os muçulmanos estão entre as maiores vítimas do preconceito em todo o mundo. No ocidente e parte da Europa, as pessoas implantaram uma ideologia e se armam de tal forma contra o islã, que acham que todos os seguidores da religião cometerão ataques terroristas, sem saber que os grupos correspondentes são extremistas.

Se você perguntar para alguns evangélicos, ateus ou católicos sobre o que eles acham do candomblé, numa visão da sua religião, alguns respeitariam o espaço da opinião do outro, é bom deixar claro que a ideia é nunca generalizar, pois toda unanimidade pode ser burra.

Porém, ainda haveria os que olhariam com desprezo e argumentariam que não concordaria com suas práticas, justamente por não conhecer a fundo o que o candomblé prega e como os praticantes vivem.

Diante disso, a intolerância se dá pela falta de conhecimento das pessoas com as outras crenças, por falta de educação básica e aplicável da matéria do Ensino Religioso dada nas instituições públicas, que ensina somente os ideais cristãos,restringindo e não dando a oportunidade das crianças conhecerem e nem respeitarem a gama de crenças no mundo.

Vale ressaltar que criticar é diferente de intolerância, pois criticar dogmas equivale a liberdade de expressão e é assegurado por lei. Mas atitudes agressivas praticadas sem motivo aparente ou pelo fato de não gostar da religião do outro, caracteriza crime sem fiança.