Em entrevista ao site britânico Daily Star, o especialista em robótica, Joel Snell afirmou que, futuramente, relações sexuais entre seres humanos e robôs poderão se tornar "viciantes", por um motivo lógico: máquinas são programáveis, e robôs criados especificamente para atuarem como amantes poderiam atender às necessidades específicas de cada usuário, levando a relação a um ponto em que haveria, por parte da pessoa, uma espécie de dependência por esse tipo de sexo.

Snell trabalha na Faculdade Kirkwood, localizada em Iwoa, nos Estados Unidos, e disse ao Daily Star que acredita que os robôs poderão ser até melhores que os seres humanos nas relações sexuais.

Assim, conforme forem evoluindo, as máquinas acabariam peritas em sexo, tornando-se "irresistíveis".

De acordo com o pesquisador, assim como em outras áreas, máquinas poderão substituir pessoas em determinadas atividades – incluindo o sexo –, e uma vez que robôs estariam sempre disponíveis para uma relação e não teriam a capacidade de dizer "não", seria fácil alimentar um vício em relações sexuais.

Para terapeuta, relação com robôs poderá ser saudável

O Daily Star também entrevistou o terapeuta sexual Gurpreet Singh, da organização britânica Relate, que afirmou que não se deve julgar as pessoas se elas quiserem fazer sexo com máquinas. Para Singh, robôs funcionariam como uma espécie de "bônus", da mesma maneira como casais usam brinquedos e outros acessórios atualmente, com o intuito de aprimorar uma experiência sexual.

No entanto, o terapeuta faz uma ressalva, dizendo que não seria saudável substituir totalmente um parceiro humano por uma máquina. Neste caso, segundo ele, haveria a necessidade de um tratamento psicológico e/ou psiquiátrico, pois a relação acabaria, de fato, se tornando um vício, assumindo um significado diferente se robôs forem usados por pessoas que têm medo de intimidade, ou que queiram se isolar.

Indústria do sexo também se beneficiaria

John Danaher, professor de negócios na Universidade Nacional da Irlanda, localizada em Galway, disse ao Daily Star que máquinas sexuais poderiam, inclusive, substituir prostitutos (as) humanos (as). Segundo ele, os robôs atenderiam aos mais variados desejos sexuais sem qualquer tipo de constrangimento ou complicação, além de não precisarem "fingir" chegar ao clímax durante uma relação em que forem usados.