A rede CNT, com sede em Curitiba, poderá ser a mais nova conquista do Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo informações vindas de fontes da igreja, as negociações para aquisição da emissora estão bastante avançadas. Essa mesma fonte informou ainda que a CNT opera em dezesseis estados e no Distrito Federal. Tudo foi avaliado em torno de R$ 300 milhões.

Se conseguir concluir o negócio, o bispo, que já tem o controle da rede Record, Record News e Rede Família, aumentará bastante seu domínio na Televisão sobre as igrejas da concorrência.

A Universal tem a posse de vinte e duas horas da programação da emissora.

A Igreja Universal, ao ser procurada para dar mais informações a respeito da compra da outra emissora, foi categórica ao dizer que essa informação "não procede". A CNT também desmentiu a informação.

As duas televisões estão em negociação desde 2013. Outro que também quase comprou a CNT um pouco antes da Universal entrar no páreo, foi o Pastor Valdomiro Santiago, dono da Igreja Mundial do Poder de Deus. Com a entrada dos bispos de Macedo, a compra foi vetada.

A Reino de Deus vem tentando a compra da Rede CNT há bastante tempo, mas só em maio de 2014 fechou um contrato de "locação", tendo por isso que tomar medidas emergenciais, cortando de seu quadro de funcionários mais de cem profissionais.

A família Martinez, dona da CNT, luta contra a venda das quatro emissoras que ficam em Curitiba, Rio de Janeiro, Londrina e Americana. No inicio das negociações eles pediram o valor de R$ 600 milhões.

O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal de São Paulo desde o ano passado, contestando a legitimidade do contrato entre as duas emissoras.

Segundo versão de profissionais de TV, mesmo que a legislação tenha regulamentado o espaço da televisão aberta à apenas 25%, não se pode dizer que a Universal está ilegal ao usar seu tempo de 22 horas, já que seu conteúdo é tido como uma programação televisiva e não apenas propagandas evangélicas.

Edir Macedo pressiona usando argumento do Ministério e da Justiça Federal, segundo ele, já gastou em três anos de aluguel o valor que daria para comprar a emissora.

A CNT mandou uma nota ao "Noticias da TV", afirmando que são "falsas as noticias que foi vendida e seguirá tentando somar mais conteúdo a radiodifusão brasileira". A Universal também nega, através de seus assessores, a compra da emissora.