A jornalista Flávia Freire, uma das mais "antigas de casa" no jornalismo da Globo, comunicou a amigos e familiares, na manhã desta quarta-feira, 8 de fevereiro, que vai deixar a Globo.

A bela de 42 anos, há quase 20 anos na Globo, alegou motivos pessoais para o pedido. Ela irá morar em Portugal com o marido e se dedicará ao filho. Entretanto, nos bastidores, sabe-se que desde que Flávia retornou da gravidez, em abril de 2016, perdia espaço nas telas, substituindo uma apresentadora aqui, um jornalista acolá. Ela chegou a cobrir a licença maternidade de Mariana Ferrão, no "Bem Estar", matinal de saúde da Globo,e assumiu a bancada dos telejornais locais de São Paulo, também como substituta.

Mas nada em definitivo.

Em e-mail enviado a colegas de redação, Flávia se despediu em tom de saudade e disse que se demitia por motivos pessoais.

Seu nome até chegou a ser cotado para substituir o jornalista que cobre notícias em Portugal, André Luiz Azevedo, mas perdeu força.

Seu afastamento começou quando foi excluída dos plantões do Jornal Hoje, exibido no sábado, e deixou de ser a primeira opção para substituir Tramontina e seu ex-marido, Cesar Tralli, no jornal diário de São Paulo, SPTV. Chegou ainda a substituir Monalisa Perrone no Hora 1, mas nada efetivamente à sua altura.

Era sempre a segunda ou terceira opção.

Flávia estreou em Brasília, na Globo, nos idos de 1998, e logo chamou atenção e foi para São Paulo.

No e-mail de despedida, ela agradece a sua "segunda casa", a Globo, e a "segunda família", os colegas de profissão. Afirma que vai atrás de seu projeto pessoal e sentirá muitas saudades dos amigos que deixa no Brasil. Ainda brinca na carta dizendo que, em Portugal, há ótimos vinhos e que quem for a Portugal, entre seus colegas, que a procure.

Cabe lembrar também que a Globo tem feito uma grande reestruturação em seu jornalismo, demitindo nomes importantes, como Lacombe e Laurence no esportivo, e demissões de "antigos de casa" em suas afiliadas pelo Brasil e canais a cabo. Tudo, segundo Bonner, para dar mais leveza ao jornalismo global, como no vídeo abaixo. Chico Pinheiro aparece inovando no ar, aplaudindo uma matéria e fazendo um sinal de "paz e amor". Esse seria o melhor caminho para o jornalismo global? Comente.