O samba brasileiro. que já estava triste por conta do estado de saúde de Arlindo Cruz que corre grande risco de não mais voltar aos palcos, acordou nesta sexta-feira (5) mais triste. De luto!

O sambista Almir Guineto, co-criador do maior grupo de samba que já existiu no país, o Fundo de Quintal, o homem de camisa branca na foto, morreu aos 70 anos, por conta de sérios problemas renais e da diabetes. A informação foi confirmada por uma mensagem (que pode ser vista abaixo) no perfil oficial do cantor, compositor e músico em rede social.

O cantor, que é muito amigo de Arlindo Cruz, torcia por sua recuperação, mas ele acabou indo antes.

Como disse um fã, “brincadeiras da vida”.

Almir Guineto era um dos maiores representantes do samba raiz no Brasil e de hits que todos, de criança a adultos conhecem, entre eles: Coisinha do Pai, Conselho, Jiboia, Caxambu, Lama nas Ruas e Mel na Boca. Almir fez história no samba. Nos idos de 1970, ele integrava o Bloco Cacique de Ramos e criou moda!

Ele recriou um banjo misturado com cavaquinho. Ou ao menos, popularizou o instrumento que tinha corpo de banjo e braço de cavaquinho. Hoje é muito utilizado no samba e pagode.

No Cacique de Ramos, ele tocou com os mais renomados artistas do gênero, como Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra, entre outros. Mas foi nos anos 1980 que Almir estourou para o Brasil.

Ele criou o Fundo de Quintal com Jorge Aragão, Sereno e outros amigos.

Logo após a gravação do primeiro disco de vinil (LP) "Samba é no Fundo de Quintal", ele decidiu seguir em uma belíssima carreira solo, abrindo espaço posteriormente para Arlindo Cruz no grupo.

Seu maior sucesso, Coisinha do Pai, foi composto junto com Jorge Aragão e Luiz Carlos, mas o sucesso veio mesmo quando Beth Carvalho cantou o hit.

A música também ganhou fama internacional quando foi tocada para “acordar” um robô na estação espacial em Marte, em 1997.

Almir Guineto estava internado já há alguns dias. Ele estava com pneumonia e com complicações da diabetes. Antes disso, entretanto, há mais de um ano, ele não aparecia nos palcos. Ele também sofria de um problema sério nos rins que o impedia de viajar e assumir compromissos profissionais.

Artistas de samba e pagodeiros se solidarizaram com a família de Almir. Salgadinho, Alexandre Pires, Beth Carvalho, Alcione, entre outros lamentaram em suas redes sociais a perda do grande nome do samba nacional. Alcione ainda fez questão de afirmar que o samba nacional está em luto. Até o fechamento deste artigo não haviam sido divulgados o local e a hora do velório e sepultamento.

Confira a nota: