O cantor renomado no meio sertanejo acabou de perder um processo, que foi aberto pelo músico português Ricardo Landum, e terá que arcar com um prejuízo de R$ 1,8 milhão em multa.

No caso em questão, o cantor foi proibido de comercializar, divulgar e até mesmo cantar a musica "Que mal te fiz eu", no mês de março, mas acabou não cumprindo a decisão tomada pela juíza Maria Cristina de Brito Lima. Ricardo, compositor da música, acusou Gusttavo Lima de modificar alguns trechos de sua canção, sem a sua permissão.

Em julgamento nesta terça-feira (6), a proibição foi mantida, impedindo, assim, Gusttavo Lima de continuar executando a canção.

Conforme o advogado de Ricardo Landum, Leonardo Honorato, eles agora prestaram as suas opiniões a respeito das regras apresentadas no julgamento.

Leonardo diz que, nem a equipe do cantor, e muito menos a sua gravadora, Som Livre, são responsáveis pela música. A Som Livre declarou que não fez parte do processo de compra da música. Mas, de acordo com o advogado de Ricardo Landum, existem provas que comprovam as participações da Som Livre nas negociações.

Do outro lado, os advogados de Gusttavo Lima tentaram alegar que outro cantor já teria apresentado uma versão alterada da canção, tentando, assim, minimizar de Gusttavo Lima a responsabilidade da nova versão da música.

Leonardo, é claro, não descartou a possibilidade de um acordo.

Ele disse que um acordo poderia facilitar o argumento com outros artistas que também usam uma versão alterada da musica, e que até permitiria que Gusttavo Lima cantasse a música na versão que ela é cantada hoje pelo sertanejo, mas alega que, para chegar em tal acordo, precisaria haver um intenso diálogo.

Além de Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Léo Santana, Tayrone Cigano e a Banda Aviões do Forró também usam uma versão modificada da música, e é claro, todos estão recebendo, também, notificações da Justiça.

Leonardo disse que a decisão de seguir em frente com o julgamento deixou claro para todos quem tem os direitos da musica.

Além de Gusttavo Lima, o Google também chegou a receber notificações da Justiça. Segundo Leonardo, quando o YouTube (que é propriedade do Google) gera uma renda monetizada em cima de qualquer música, é dever pagar para aqueles que possuem os direitos autorais. Mas a Som Livre e o cantor afirmam ter os direitos autorais necessários para poder monetizar com a exibição na plataforma.