Uso de energia da brisa para resfriar ambientes caseiros.
Existem vários artigos sobre energia alternativa, mas essa ideia do ar condicionado feito de cano de PVC pode ajudar o suficiente para tornar o ambiente suportável nos dias mais quentes sem gastar nada em energia elétrica que está pelos "olhos da cara". A ideia é baseada em mecânica dos fluidos, onde uma fonte de energia, como uma leve brisa, pode ser transformada em um agente de fluxo de ar, raptando o ar quente que se encontra embaixo do telhado ou da laje. Com a saída do ar pelo "ArdePobre", apelido carinhoso dado ao aparato, o vazio provocado no ambiente é preenchido por uma brisa que normalmente evitaria entrar no ambiente pelo simples fato que o vento não entra em ambientes fechados naturalmente.
Construindo o ArdePobre
A receita é simples e barata: dois pedaços de um tubo de PVC, um ‘T’ e um cotovelo. O ‘T’ vai funcionar como gerador. O ar que passa por cima do teto entra no ‘T’. O deslocamento do ar internamente vai “chupar” o ar do tubo que estará conectado ao outro tubo pelo cotovelo de 90º, como na foto. Como o ar quente está dentro de casa ou sob o telhado/laje, o ar que será puxado é o quente. Para ocupar o espaço vazio, uma brisa entrará por uma das janelas, fazendo uma convecção forçada pela brisa que está acima do teto. A altura do ‘T’ em relação ao telhado deve ser estudada para conseguir pegar o máximo de ar em transito possível.
Aplicável em locais quentes e com pouca ou nenhuma energia
Essa receita é excelente para favelas, morros, desertos e regiões de praia ou rios, pois sempre sopra uma brisa quente, que seria rapidamente absorvida pelo equipamento ArdePobre, daí o nome. O consumo é apenas sobras de construção ou pode ser comprado em qualquer loja de material de construção, mas o que realmente importa é que pode esfriar alguns graus e aliviar aquela sensação de abafamento que ocorre nesses dias de calor.
No inverno, basta colocar algo para tapar o buraco do tubo que entra na casa.
Rio 55 graus: local ideal
Uma das cidades que seria mais beneficiada seria o Rio de Janeiro, que possui uma grande quantidade de casas voltadas para a brisa do mar. Geralmente o material em que é feita a laje agrega muito calor durante o dia e o vento passa por cima dos telhados, mas não entra nas casas.
Ao instalar esse equipamento, o ar seria forçado a entrar pela janela, enquanto o ar quente seria literalmente soprado pelo tubo para fora da casa.
O protótipo foi testado em uma pequena casa em Salvador no fundo de uma outra casa na Pituba, um bairro a 15 Km do centro da cidade e a 2 Km da orla. A temperatura foi esfriada em pelo menos 5 graus, mas a brisa ajudou a melhorar o ambiente e também secava a roupa mais rapidamente.
Divulgue e economize luz e qualidade ambiental
A divulgação da ideia certamente deverá reduzir a conta de energia de casas e apartamentos que usam ventiladores nessa época do ano. Alguns usam ar-condicionado a um custo bastante alto considerando a falta de energia. Em tempos de conta de energia alta e com a temperatura do planeta aumentando constantemente, essa é uma receita que certamente será um sucesso: divulgue entre os vizinhos e não cobraremos royalties se o artigo for divulgado para todos.