De acordo com um relatório independente, nas olimpíadas de inverno de 2014, em Sochi, na Rússia, funcionários de um laboratório antidoping destruíram amostras de atletas russos, com o auxílio de policiais federais daquele país. A denúncia em questão levou à suspensão dos atletas, e o laboratório, como punição, perdeu sua certificação.
"É um manual extraordinário do que não fazer", declarou, ao The New York Times, Marco Aurelio Klein, secretário nacional para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), garantindo que o ocorrido na Rússia não acontecerá no Brasil.
Atualmente, as autoridades nacionais afirmam que o estabelecimento está pronto para processar os milhares de testes antidrogas que serão feitos nos atletas durante os jogos olímpicos do Rio de Janeiro.
Modernidade e tecnologia
Klein afirma que a tecnologia usada no laboratório para processar os exames é a mais moderna existente: “Temos um nível de sofisticação que você pode ver em laboratórios de filmes”, disse o secretário.
O laboratório havia perdido a sua certificação internacional em 2013, o que forçou as autoridades brasileiras a terceirizarem os testes antidrogas feitos durante a Copa do Mundo de 2014, e enviá-los para serem feitos em um laboratório localizado em Lausanne, na Suíça.
No entanto, com a modernização e as melhorias, teve seu recredenciamento feito em 13 de maio de 2015, pela WADA (World Antidoping Agency, Agência Mundial Antidoping em português, ou AMA).
A um custo total de R$ 200 milhões, o estabelecimento ocupa três andares da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e contará com 96 técnicos brasileiros, além de 100 técnicos adicionais atribuídos pela WADA, que coletarão amostras de sangue e de urina para a realização dos testes antidoping.
A dopagem entre os atletas brasileiros ainda é motivo de preocupação.
De acordo com números divulgados pela WADA na semana passada, o Brasil ocupa a nona posição de um total de 109 países em relação a violações de doping detectadas em 2014, contando com um total de 46 infrações. A Rússia está em primeiro lugar, com 148 atletas flagrados nos exames.
Saiba como é feito um teste antidoping: