Um caso que vem sendo cada vez mais comum nos Estados Unidos aconteceu na manhã desta sexta-feira (28), na cidade de Medianeira, no oeste do Paraná, quando um estudante de 15 anos, abriu fogo contra colegas, ferindo dois deles. O caso aconteceu por volta das 9h, no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, e as vítimas, de 15 e 18 anos, não correm risco de morrer, segundo informações da Folha de S.Paulo.

De acordo com informações passadas pela Polícia, o atirador, que estava de posse de um revólver calibre 22, farta munição e uma faca, mirou primeiro no colega de 15 anos, que foi alvejado nas costas, e depois passou a atirar a esmo, atingido o de 18 anos de raspão no joelho.

Um vídeo registrou o pânico que tomou conta do local.

O adolescente foi apreendido pela polícia, assim como um segundo adolescente, que teria dado cobertura para ele na hora do ataque. Na delegacia, o acusado contou que o ataque foi motivado por conda de estar sofrendo bullying. Junto com seu material escolar, foi encontrada uma carta com pedidos de desculpas e recortes de jornais com reportagens sobre ataques em escolas no Brasil e nos Estados Unidos.

O delegado Denis Merino revelou ainda que também foi atirada uma bomba no pátio do colégio e que trata o caso como atentado. “É considerado uma espécie de atentado. Os alunos eram vítimas de bullying”, disse a autoridade ao portal G1. Merino falou ainda que o rapaz se sentia “menosprezado e humilhado”.

A polícia foi até a casa do atirador, ondem foram encontradas mais bombas caseiras, além de armas e munições. Os pais do adolescente também foram encaminhados à delegacia para prestarem esclarecimentos. Ainda de acordo com o delegado, as investigações irão apurar a origem das armas e das munições encontradas.

Os menores deverão responder por tentativa de dublo homicídio e se for comprovado que o armamento pertencia aos pais do adolescente, eles deverão também serem responsabilizados.

“Se confirmadas serem (as armas) dos pais, eles também deverão ser responsabilizados”, falou o delegado.

Vídeo registra correria e pânico

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou todo o pânico e correria que tomou conta do colégio, onde estudam cerca de 1.300 alunos. Em meio aos gritos de alguns adolescentes, que corriam para a rua, é possível ouvir o barulho causado pelos tiros e também a chegada dos policiais ao local.

Por conta do atentado, as aulas foram suspensas até a próxima segunda-feira (1º). Em outubro do ano passado, um caso semelhante aconteceu em Goiânia, quando um adolescente pegou a arma da mãe, que era policial militar, e abriu fogo contra colegas de Escola, matando dois estudantes de 13 anos e ferindo outros quatro.