Os militares israelenses que estavam em Brumadinho, Minas Gerais, cidade onde aconteceu a tragédia do rompimento da barragem da mineradora Vale e fez várias vítimas, deixarão o Brasil nesta quinta-feira (31). Eles já saíram da cidade onde aconteceu a tragédia e foram para Belo Horizonte receber uma homenagem do Corpo de Bombeiros do estado.
O grupo que veio de Israel era formado por 136 pessoas e contava com médicos, engenheiros, bombeiros, especialistas em resgate e buscas e outros profissionais. Eles chegaram ao país no domingo (27) e trouxeram vários equipamentos modernos que ajudaram no socorro das vítimas e na busca pelos corpos desaparecidos.
Quando eles pousaram no Brasil, analisaram toda a topografia da área para entender quais seriam os planos utilizados no socorro das vítimas. Um dos aparelhos que eles trouxeram tem a capacidade de detectar os celulares das vítimas que estavam soterradas. Assim, ficaria mais fácil para encontrar os corpos. Embora houvesse poucas chances de encontrar alguém com vida.
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros divulgados na noite de quarta-feira (30), foram contabilizados 99 mortos e 259 desaparecidos na tragédia de Brumadinho.
Homenagens
Os militares israelenses receberam várias homenagens das autoridades do Brasil. A missão deles foi considerada um sucesso e ajudou o Brasil nesse momento de grande tristeza.
Em nota, os comandantes brasileiros enalteceram a ajuda recebida e a contribuição de cada um deles para o sucesso da operação.
A embaixada israelense no país parabenizou o empenho de cada um e ressaltou a importante amizade que existe entre o povo brasileiro e o israelense.
Depoimento
O tenente-coronel da reserva de Israel Rafael Sadi disse, em uma entrevista ao portal UOL, que ficou extremamente chocado com o que viu em Brumadinho.
Ele afirma que já presenciou vários desastres, inclusive terremotos com várias vítimas. Contudo, considerou esse resgate em MG como muito difícil, em decorrência de não conseguir ter ideia de onde possam estar as pessoas. Além disso, reiterou que é um trabalho muito desgastante até mesmo para aqueles socorristas que já possuem bastante experiência.
A entrevista fornecida pelo tenente-coronel ao UOL foi em português. Ele fez questão de treinar a língua portuguesa mesmo tendo que procurar entre uma palavra e outra para completar as suas frases.